segunda-feira, 19 de maio de 2008

De bem com a vida!

Que o medo de me perder não afaste você de mim, e que o medo de te perder não me afaste irremediavelmente de você.

Esse deveria ser o voto entre os amantes, ao trocarem as primeiras juras de amor, ao se casarem e a cada comemoração. Esse deveria ser o voto entre pais e filhos e entre amigos.

Se deixássemos solto o medo da perda, deixaríamos de usar o anel favorito, não acenderíamos a vela mais bonita, jamais beberíamos nos copos de cristal e a caixa de bombons permaneceria intacta até que os bombons estragassem. Definitivamente, jamais sairíamos às ruas com nossos filhos, e quando eles se considerassem prontos para irem embora, não permitiríamos que fossem. Com certeza, não deixaríamos que nosso companheiro ou companheira exercesse a liberdade, na sua própria medida. A liberdade dele ou dela passaria, necessariamente, pelo crivo do nosso instrumento de medida.

O medo da perda nos levaria a extremos, quando apaixonados, fazendo sofrer e descompassar o nosso coração, a cada despedida. Seria barreira intransponível entre a vidinha segura e costumeira, mas insatisfatória, e a possibilidade de mudança de rumo, a maior inimiga do medo da perda.

Se deixássemos solto o medo da perda, cristais e jóias ficariam aprisionados em caixas fortes e nem tão fortes assim, dentro de gavetas escuras e sem ar, acompanhados de objetos mortos em vida. Belas velas seriam condenadas a passar a vida apagadas, sem jamais conhecer a alegria dos humanos frente à magia de suas chamas. Um dia, alguém viria, após a nossa morte, e libertaria esses objetos, por algumas poucas horas e os aprisionaria, novamente, em outro cativeiro. Nossos amores seriam impedidos de trilharem o caminho do crescimento e do aprendizado, para satisfazerem a nossa tirania insana.

Mas nosso medo não está solto e nós, absolutamente não fazemos nada do que foi relacionado até aqui, certo? Não procuramos aprisionar, formatar e aprisionar amigos e amores, não os privamos da respiração leve, solta e sem sobressaltos e não nos condenamos a viver estressados, querendo agradar a todos, gregos e troianos, mesmo que a História nos lembre que nem mesmo os enviados por Deus chegaram a ser unanimidade.

Por tudo isso é que somos felizes. Por isso não ficamos doentes. Vivemos no equilíbrio, atraindo apenas coisas boas às nossas vidas ricas, fartas e satisfatórias. Por isso não choramos, não gememos baixinho e não sufocamos soluços. Por isso não brigamos, não tentamos controlar uns aos outros, não discutimos, e nem nos perdemos e nos afastamos uns dos outros, irremediavelmente.

Autora - Maria Lúcia Solla

terça-feira, 6 de maio de 2008

Agressividade - como lidar com ela?

A raizes do comportamento agressivo começam na infancia e estão alicerçadas na relação de afeto com as figuras materna e paterna.

Para a menina a mãe é o modelo prático e o pai, o teórico. Ela procura ser "como" ou o "oposto" da mãe e procura alguém "igual" ou o "oposto" do pai. Para o menino o pai é o modelo prático a mãe o teórico. Ele procura ser "como" ou o "oposto" do pai e procura alguém "igual" ou o "oposto" da mãe. Isto vai depender da relação afetiva entre pais e filhos.

O relacionamento afetivo entre pais e filhos é de extrema importância na formação da personalidade da criança. Ele pode criar marcas altamente positivas, como pode deixar registros negativos que influenciarão na formação do caráter.

Procure ser mais afetuoso com seus filhos. Não economize afeto nem contato corporal. A criança precisa ser alimentada afetivamente para depois ter afeto para dar.

Não use ameaças e/ou castigos corporais em excesso pois a criança pode se acostumar e achar que é uma forma correta de expressão. Não superproteja seus filhos.

Permita que eles experimentem e aprendam pelo próprio esforço, permitindo que eles falhem e errem! O erro é um dos caminhos da aprendizagem! Falhar é bom para aprender a enfrentar desafios.

Não estimulem a relação de posse. Incetivem a criança a dividir seus brinquedos na brincadeira. Não isolem seus filhos. Incentivem a participação de atividades de grupo pois faciltará na vida adulta o convívio social.

Você também pode errar, mas é preciso coragem para assumir seu erro perante seus filhos, só assim eles aprenderão que errar é natural do ser humano e não terão tanto medo de errar. Também deve assumir que não sabe, e juntos buscarem uma resposta, isto estimulará seu filho a perceber que ele é muito importante para você, assim como você o é para ele!

Não desrepeite as regras, sociais ou não, na presença de seus filhos, pois eles vão acreditar que devem desrespeitar a tudo e à todos. trânsito faça um esforço, siga as normas. Você é o modelo mais importante para a formação da personalidade dele.
Assim ainda chegaremos a um trânsito mais educado e com menos acidentes.

Participe mais da vida de seus filhos. Converse bastante, coloque-se sempre disponível e, principalmente, sem pré-julgamentos, ouça-o, de verdade!