sábado, 29 de setembro de 2007

Uma Estória de Sapo


Um dia, nasceu um sapinho e, quase que no momento do seu nascimento, ingênua e inadvertidamente, caiu num buraco: ploft! Ali ficou. Era razoavelmente amplo, tinha água, era escurinho, aquecido, livre dos perigos, havia o necessário para a sua sobrevivência, enfim, era um mundo maravilhoso.

O tempo foi passando, o sapinho transformou-se em sapo, sapão... e um sapão gordo, inchado e numa zona de conforto, daquela que ele pediu a Deus.
Num certo dia, ele acorda em meio a um barulho estranho e novo, para o mundo em que vivia: caiu bem perto dele, um bicho estranho e meio peçonhento.

— “Ué! Quem é você?!” Pergunta ele, assustado.

— “Sou um sapo, ora!” Respondeu o estranho visitante.

— “Mas, sapo sou eu!” Questionou o habitante do buraco.

— “Meu amigo, existem milhares de sapos no mundo lá fora.” Retrucou o outro.

— “Mundo lá fora?! Como assim?” Indagou o dono do buraco.

— “É meu amigo... o mundo lá fora é maravilhoso. E uma das coisas que faz com que ele seja mais maravilhoso ainda, são umas criaturinhas especiais, razão maior da nossa vida de sapo: as sapinhas. Além disso, continuou ele, é magnífico o entardecer, quando ficamos todos juntos, cantando nas lagoas, e nos alimentado dos mosquitos que voam desgovernados.”

— “Lagoas?! Mosquitos?!” Mais surpresas para o velho e acomodado sapo.

— “E tem mais: quando anoitece, é lindo o céu cheio de estrelas!” Ressaltou, romanticamente, o sapinho sapeca.

— “Epa! Aí você não me pega. Eu, também, todas as noites, consigo contar quatro a cinco estrelas, vistas daqui de casa.” Gabou-se o acomodado.

— “Não, meu amigo. Vemos milhões e milhões de estrelas...”

E, assim, o sapinho foi dissertando sobre as belezas e vantagens do mundo lá fora. Mas, parou um pouco e, reflexivamente, prosseguiu:

— “Por outro lado, tem um bicho terrível, do qual precisamos ter muito cuidado e que não tem reconhecido o quanto somos úteis no processo de equilíbrio do meio ambiente... quando a gente menos espera, ele chega, de repente e chuta a gente e a gente rola, rola, que parece uma bola murcha... joga sal no nosso dorso... coloca álcool em nossas costas e depois (ai!) ateia fogo e a gente sai pulando, pulando, no desespero das labaredas queimando o nosso corpo: é o bicho homem. Além do homem, tem outro bicho traiçoeiro, peçonhento, e que precisamos estar sempre em alerta: as cobras. Mas, é bom. Bom, não... é maravilhoso viver e amar nesse mundão todo lá fora!... Bem, ta ficando tarde. Eu vou dar um pulinho e continuar meu passeio.”

— “Pulinho?!” Surpreendeu-se, mais uma vez, o sapo do buraco.

— “Sim, meu amigo. Sapo pula. E, a propósito, você não gostaria de ir comigo?”

— “Pensando bem, com esse negócio de homem, de cobra... desses perigos todos que você falou, acho melhor não. Prefiro ficar por aqui. Pelo menos, aqui eu já sei que está bom. Pode ir... eu estou muito bem aqui.”

E ali ficou o sapão: gordo, feliz, inchado e acomodado.

Que tipo de sapo você é?

É importante sair da zona de conforto, ousar, arriscar, empreender. Pensar – O que nos ameaça?

É preciso experimentar sair da zona de conforto. Há dois tipos de pessoas: um acomodado, preguiçoso, enfurnado no seu mundinho limitado, curtindo a felicidade ao seu modo; o outro, entusiasmado, ágil, criativo, buscando sempre coisas novas, ambientes novos, novos amigos, novas realizações.

Que tipo de sapo você está sendo? Acomodado, medroso, gordo e ultrapassado? Ou um sapinho sapeca, que arrisca, mesmo consciente dos perigos? Que sai do buraco.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Vivendo com amor, apesar dos problemas...


Certa vez, perguntei para o Ramesh, um mestre da Índia:

- Por que existem pessoas que saem facilmente dos problemas mais complicados, enquanto outras sofrem por problemas muito pequenos, morrem afogadas num copo de água?

Ele simplesmente sorriu e contou-me uma história:

Era uma vez um sujeito que viveu amorosamente toda a sua vida. Quando morreu, todo mundo lhe falou para ir ao céu, um homem tão bondoso quanto ele somente poderia ir para o Paraíso. Ir para o céu não era tão importante para aquele homem, mas mesmo assim ele foi até lá.

Naquela época, o céu não havia ainda passado por um programa de qualidade total. A recepção não funcionava muito bem. A moça que o recebeu deu uma olhada rápida nas fichas em cima do balcão e, como não viu o nome dele na lista, orientou-lhe para ir ao Inferno.

E no Inferno, você sabe como é. Ninguém exige crachá nem convite, qualquer um que chega é convidado a entrar. O sujeito entrou lá e foi ficando. Alguns dias depois, Lúcifer chegou furioso às portas do Paraíso para tomar satisfações com São Pedro:

- "Você é um canalha! Nunca imaginei que fosse capaz de uma baixaria como essa. Isso que você está fazendo é puro terrorismo!"

Sem saber o motivo de tanta raiva, São Pedro perguntou surpreso, do que se tratava. Lúcifer, transtornado, desabafou:

- "Você mandou aquele sujeito para o Inferno e ele está fazendo a maior bagunça lá. Ele chegou escutando as pessoas, olhando-as nos olhos, conversando com elas. Agora, está todo mundo dialogando, se abraçando, se beijando. O inferno está insuportável, parece o Paraíso!" E fez um apelo:

- "Pedro, por favor, pegue aquele sujeito e leve-o de lá!"

Quando Ramesh terminou de contar essa história, olhou-me carinhosamente e disse:

- "Viva com tanto amor no coração que se, por engano, você for parar no Inferno o próprio demônio lhe trará de volta ao Paraíso."

Problemas fazem parte da nossa vida, porém não deixe que eles o transformem numa pessoa amargurada. As crises vão estar sempre se sucedendo e às vezes você não terá escolha. Sua vida está sensacional e de repente você pode descobrir que sua mãe está doente, que a política econômica do governo mudou e que infinitas possibilidades de problemas aparecem.
As crises você não pode escolher, mas pode escolher a maneira como enfrentá-las. E, no final, quando os problemas forem resolvidos, mais do que sentir orgulho por ter encontrado as soluções, você terá orgulho de si mesmo.

Anjos... Existem mesmo?


O menino voltou-se para a mãe e perguntou:

- Os anjos existem mesmo? Eu nunca vi nenhum.

Como ela lhe afirmasse a existência deles, o pequeno disse que iria andar pelas estradas, até encontrar um anjo.

- É uma boa idéia, falou a mãe. Irei com você.

- Mas você anda muito devagar, argumentou o garoto. Você tem um pé aleijado.

A mãe insistiu que o acompanharia. Afinal, ela podia andar muito mais depressa do que ele pensava. Lá se foram. O menino saltitando e correndo e a mãe mancando, seguindo atrás.

De repente, uma carruagem apareceu na estrada. Majestosa, puxada por lindos cavalos brancos. Dentro dela, uma dama linda, envolta em veludos e sedas, com plumas brancas nos cabelos escuros. As jóias eram tão brilhantes que pareciam pequenos sóis. Ele correu ao lado da carruagem e perguntou à senhora:

- Você é um anjo? Ela nem respondeu. Resmungou alguma coisa ao cocheiro que chicoteou os cavalos e a carruagem sumiu, na poeira da estrada. Os olhos e a boca do menino ficaram cheios de poeira. Ele esfregou os olhos e tossiu bastante. Então, chegou sua mãe que limpou toda a poeira, com seu avental de algodão azul.

- Ela não era um anjo, não é, mamãe?

- Com certeza, não. Mas um dia poderá se tornar um, respondeu a mãe.

Mais adiante uma jovem belíssima, em um vestido branco, encontrou o menino. Seus olhos eram estrelas azuis e ele lhe perguntou:

- Você é um anjo? Ela ergueu o pequeno em seus braços e falou feliz:

- Uma pessoa me disse ontem à noite que eu era um anjo! Enquanto acariciava o menino e o beijava, ela viu seu namorado chegando. Mais do que depressa, colocou o garoto no chão. Tudo foi tão rápido que ele não conseguiu se firmar bem nos pés e caiu.

- Olhe como você sujou meu vestido branco, seu monstrinho! Disse ela, enquanto corria ao encontro do seu amado. O menino ficou no chão, chorando, até que chegou sua mãe e lhe enxugou as lágrimas com seu avental de algodão azul.

Aquela moça, certamente, não era um anjo. O garoto abraçou o pescoço da mãe e disse estar cansado.

- Você me carrega?

- É claro, disse a mãe. Foi para isso que eu vim.

Com o precioso fardo nos braços, a mãe foi mancando pelo caminho, cantando a música que ele mais gostava. Então o menino a abraçou com força e lhe perguntou:

- Mãe, você não é um anjo?

A mãe sorriu e falou mansinho:

- Imagine, nenhum anjo usaria um avental de algodão azul como o meu...


Anjos são todos os que na Terra se tornam guardiões dos seus amores. São mães, pais, filhos, irmãos que renunciam a si próprios, a suas vidas em benefício dos que amam. Às vezes, podem estar do nosso lado e não percebemos.

Anjos são nossos amigos. Nenhuma pessoa no mundo consegue viver só, por isso fazem amigos e acompanham-nos em todos os momentos. Existem pessoas que arranjam um jeito para tudo, por mais difícil que seja o obstáculo à sua frente. Amigo é aquele que chega quando todos se foram. Amigos também são anjos!

A LIÇÃO DA ÁGUIA


A águia é a ave que possui a maior longevidade da espécie. Chega a viver 70 anos. Mas, para chegar a essa idade, aos 40 anos ela tem que tomar uma séria e difícil decisão.

Aos 40 anos ela está com as unhas compridas e flexíveis, não conseguem mais agarrar as suas presas das quais se alimenta. O bico alongado e pontiagudo se curva. Apontando contra o peito estão as asas, envelhecidas e pesadas, em função da grossura das penas, e voar já está tão difícil!

Então, a águia só tem duas alternativas: morrer ou enfrentar um dolorido processo de renovação, que irá durar 150 dias. Esse processo consiste em voar para o alto de uma montanha e se recolher em um ninho próximo a um paredão onde ela não necessite voar. Então, após encontrar esse lugar, a águia começa a bater com o bico em uma parede até conseguir arrancá-lo.

Após arrancá-lo, espera nascer um novo bico, com o qual vai depois arrancar suas unhas. Quando as novas unhas começam a nascer, ela passa a arrancar as velhas penas. E só após cinco meses sai para o famoso vôo de renovação e para viver então mais 30 anos.

Assim é a nossa vida. Muitas vezes temos de nos resguardar por algum tempo e começar um processo de renovação. Devemos nos desprender de lembranças, costumes e outras tradições que nos causaram dor.

Somente livres do peso do passado, poderemos aproveitar o resultado valioso que uma auto-renovação sempre traz.

Existem momentos em que devemos fazer escolhas e tomar decisões para que possamos continuar. Portanto, tudo é uma questão de atitude. Qual a sua escolha?

sexta-feira, 21 de setembro de 2007

ESTRELAS DO MAR


Era uma vez um escritor que morava em uma tranqüila praia, junto de uma colônia de pescadores. Todas as manhãs ele caminhava à beira do mar para se inspirar, e à tarde ficava em casa escrevendo. Certo dia, caminhando na praia, ele viu um vulto que parecia dançar. Ao chegar perto, ele reparou que se tratava de um jovem que recolhia estrelas do mar da areia para, uma por uma, jogá-las novamente de volta ao oceano.

- “Por que está fazendo isso?” Perguntou o escritor.

- “Você não vê!” Explicou o jovem. “A maré está baixa e o sol está brilhando. Elas irão secar e morrer se ficarem aqui na areia”.

O escritor espantou-se.

- “Meu jovem, existem milhares de quilômetros de praias por este mundo afora, e centenas de milhares de estrelas do mar espalhadas pela praia. Que diferença faz? Você joga umas poucas de volta ao oceano. A maioria vai perecer de qualquer forma”.

O jovem pegou mais uma estrela na praia, jogou de volta ao oceano e olhou para o escritor e disse:

- “Para essa aqui eu fiz a diferença...”

Naquela noite o escritor não conseguiu escrever, sequer dormir. Pela manhã, voltou à praia, procurou o jovem, uniu-se a ele e, juntos, começaram a jogar estrelas do mar de volta ao oceano.

Sejamos, portanto, mais um dos que querem fazer do mundo um lugar melhor.

Sejamos a diferença!


Desconheço o autor desta linda estória, mas a utilizo em diversos treinamentos que realizo, principalmente quando falo de ética e comprometimento, porque a maioria das pessoas se preocupa com o que os outros estão fazendo de certo ou errado, ou em fazer fofocas, que não agregam nada a ninguém. Na verdade deveríamos ocupar o nosso tempo em deixar marcas positivas nas pessoas que cruzam o nosso caminho e sempre agir de acordo com nossos valores.

A nossa atitude baseada na ética independe da ética dos outros, não devemos agir de acordo com que julgamos a maioria, pois a história está repleta de exemplos que não deram certo, apesar de ser a maioria, e também, da mesma forma, temos exemplos de vários heróis solitários.

A ética deve permear nossas atitudes em tempo integral, pois é entre nós e o Pai Maior, pois responderemos por cada ação nossa. Pensando desta forma, vale ou não vale a pena fazer a diferença? Como você gostaria de ser lembrado? Pense nisso e faça a diferença!

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

O Verdadeiro Significado da Paz


Havia um rei que ofereceu um prêmio ao artista que pintasse o melhor quadro que representasse a paz. Muitos artistas tentaram. O rei olhou todos os quadros, mas apenas gostou mesmo de dois, e teve de escolher entre ambos.

Um quadro retratava um lago sereno. O lago era um espelho perfeito das altas e pacíficas montanhas a sua volta, encimado por um céu azul com nuvens brancas como algodão. Todos os que viram este quadro acharam que ele era um perfeito retrato da paz.

O outro quadro também tinha montanhas. Mas eram escarpadas e calvas.

Acima havia um céu ameaçador do qual caía chuva, e no qual brincavam relâmpagos. Da encosta da montanha caía uma cachoeira espumante. Não parecia nada pacífica.

Porém, quando o rei olhou, ele viu ao lado da cachoeira um pequeno arbusto crescendo numa fenda da rocha. No arbusto uma mãe pássaro havia feito seu ninho. Lá, no meio da turbulência da água feroz, se instalara a mãe pássaro em seu ninho em perfeita paz.

- Qual pintura você acha que ganhou o prêmio?

O rei escolheu a segunda.

- Sabem por quê?

- "Porque," explicou o rei, "paz não significa estar num lugar onde não há barulho, problemas ou trabalho duro. Paz significa estar no meio disso tudo e ainda estar calmo no seu coração. Este é o significado real da paz.


Somos aquilo que sentimos e percebemos. Quando estamos zangados, somos a raiva, quando estamos apaixonados, somos o amor e quando estamos em paz, somos a própria paz.

Na loucura do dia a dia, e na briga pelo poder, buscamos controlar tudo o que podemos. Porém, se quisermos ter controle sobre alguma coisa, a única coisa sobre a qual poderemos exercer alguma influência é o nosso próprio coração e mente. São raras as pessoas que agem assim, mas as que conseguem ser assim obtém resultados muito benéficos em sua vida, principalmente a paz de espírito.

Há uma estória Budista, que gosto muito, ela fala sobre um famoso mestre de meditação da região do Nordeste da Tailândia. Ele foi acusado de ter muita raiva. Ao que respondia: "Isso pode ser verdade, mas eu não faço uso dela."

Uma resposta como essa provém de um profundo entendimento da própria natureza, é por isso que uma resposta dessas nos impressiona tanto. É uma pessoa rara aquela que não permite ser contaminada por um pensamento, palavra ou ação.

Essa pessoa está em paz, e não precisa provar nada para ninguém. Existe apenas uma aspiração permanente, que é a própria paz de espírito.

Quando temos como prioridade a paz de espírito, tudo aquilo que vier à mente e que se manifestar como linguagem ou ação será direcionada para isso.

Qualquer coisa que não crie a paz de espírito será descartada, no entanto não devemos confundir isso com estar sempre certo ou ter a última palavra. Os outros não precisam estar de acordo.

A paz de espírito pertence a cada um e cada um tem que encontrá-la através dos seus próprios esforços.

Desejo, de coração, que você consiga encontrar a sua paz de espírito.

quarta-feira, 19 de setembro de 2007

Sentença Justa


Certa vez, um homem pobre parou ao meio-dia para descansar em baixo de uma árvore, sob uma bela sombra. Pelo jeito ele vinha de uma longa caminhada, sem um tostão no bolso, pois vivia de esmolas; para almoçar, apenas um pedaço de pão velho.

Do outro lado da rua, havia uma padaria que distribuía pelo ar o maravilhoso aroma dos deliciosos pães quentinhos, pastéis e bolos.

O homem, enquanto mascava seu pedaço de pão velho, suspirava de prazer ao sentir o aroma que vinha da padaria. Quando o homem se levantou para seguir caminho, subitamente, o padeiro saiu correndo do seu estabelecimento, atravessou a rua furioso e agarrou o homem pelo colarinho.

Gritava o padeiro: - Espere aí, você tem que pagar pelo que levou!

O homem espantado, respondia:

- O que é isso seu maluco, eu nem relei nos seus pães! O padeiro berrava:

- Seu ladrão, é óbvio que você aproveitou seu pão velho bem melhor, sentindo o delicioso aroma que saía da minha padaria. Você não sai daqui, enquanto não pagar pelo que levou. Eu não trabalho à toa, seu… vag… Você tem que pagar pelo que levou seu…vag…

Na rua, entre a frente da padaria e a árvore, começou a se formar uma multidão de pessoas. Nesse momento alguém gritou:

- Vamos levar esse caso para ser resolvido com o juiz local. Ele é um homem sábio e saberá exatamente a sentença a ser decretada.

O juiz ouviu os argumentos do padeiro, analisou e depois decretou a sentença:

- Você está certo, este homem, sem pedir sua autorização, saboreou os frutos do seu trabalho. E o valor que ele deve reembolsar para você, pelo consumo do aroma dos seus pães, pastéis, bolos, etc. são catorze moedas de ouro.

- Isso é um absurdo, esbravejou o homem, além disso, não tenho um único centavo no bolso, quanto mais moedas de ouro. Disse o juiz:

- Ah… Nesse caso, vou ajudá-lo. O juiz tirou as catorze moedas de ouro do bolso, nesse momento, o padeiro, com aquele olhar de superioridade e com toda a arrogância do mundo, olhou para o homem pobre, sorriu e logo avançou para pegar as moedas das mãos do juiz. Disse o juiz:

- Calma, espere que ainda não encerrei o caso. Você me disse que esse homem, somente sentiu o aroma dos seus pães, pastéis, bolos, etc. não é mesmo?

- Sim, isso mesmo. Respondeu o padeiro.

- Mas ele não engoliu nem um pedacinho?

- Já lhe disse que não, senhor.

- Nem provou nem um pastel?

- Não!

- Nem relou nos pães e nos bolos?

- Não!

- Então, já que ele consumiu apenas o aroma, você será pago apenas com o som dessas moedas. Abra os ouvidos para receber o que você merece. O sábio juiz jogava as moedas de uma mão para outra, fazendo aquele barulhinho característico das moedas de ouro, bem perto das gananciosas orelhas do arrogante padeiro. O juiz continuou decretando a sentença:

- Se você tivesse o mínimo de bondade em seu coração, ao invés da ganância, certamente ajudaria esse pobre homem, ao vê-lo mastigando um pão velho. Entretanto, na verdade, você deveria ter levado para ele um dos seus pães novinhos e cheirosos, talvez até mesmo aquele pão que no final do dia iria sobrar, aquele que você não venderia. Se assim você agisse, certamente, você até ganharia recompensas muito maiores que qualquer moeda de ouro, e não essa recompensa boba que você está querendo aqui na minha frente. Você ganharia grandes recompensas da vida, aquelas que valem mais do que ouro, e até a recompensa mais linda do mundo, a de Deus.

terça-feira, 18 de setembro de 2007

Crianças Índigo e Cristal


As crianças índigo são assim chamadas porque possuem uma aura na tonalidade azul, a mesma tonalidade índigo dos jeans. O índigo é uma planta da Índia (indigofera tinctoria), da qual se extrai essa coloração que se aplicava em calças e hoje, de modo geral, nas roupas. As crianças cristal são aquelas que apresentam uma aura alvinitente, razão pela qual passaram a ser denominadas dessa maneira.

Em seu livro: “A Nova Geração: A Visão Espírita sobre as crianças índigo e cristal”, Divaldo Pereira Franco fala sobre elas. É um livro surpreendente, que vale a pena ser lido, principalmente os pais, que têm dificuldades com seus filhos da geração dos anos 80.

Desde os anos 70, aproximadamente, psicólogos, psicoterapeutas e pedagogos começaram a notar a presença de uma geração estranha, muito peculiar. Tratava-se de crianças rebeldes, hiperativas que foram imediatamente catalogadas como crianças patologicamente necessitadas de apoio médico. Mais tarde, com as observações de outros psicólogos chegou-se à conclusão de que se trata de uma nova geração.

Elas são sensíveis, intuitivas, criativas, algumas com capacidades paranormais, quase todas resistentes à imposição de autoridade e capazes de formular as suas próprias teorias acerca do mundo, as crianças índigo chegam com a missão de transformar a humanidade. As crianças Indigo e Cristal não apenas se comportam e pensam de forma diferente que seus predecessores, como são diferentes espiritualmente.

Uma geração espiritual e especial, para este momento de grande transição de mundo de provas e de expiações que irá alcançar o nível de mundo de regeneração. São crianças portadoras de alto nível de inteligência.

A criança índigo tem absoluta consciência daquilo que está fazendo, é rebelde por temperamento, não fica em fila, não é capaz de permanecer sentada durante um determinado período, não teme ameaças...
Não é possível com essas crianças fazermos certos tipos de chantagem. É necessário dialogar, falar com naturalidade, conviver e amá-las.

A criança não é um adulto em miniatura. É um ser que está sendo formado, que merece o nosso melhor carinho. A criança não é objeto de exibição, e deve ser tratada como criança. Sem mimos, mas também sem exigências acima do seu nível intelectual.

Os pais devem observar a conduta dos filhos, evitar punições quando errem, ao mesmo tempo colocando limites. Qualquer tipo de agressividade torna-as mais rebeldes.

Fonte:
www.jornaldosespiritos.com

segunda-feira, 17 de setembro de 2007

Viva a Vida!!!


Imaginem a vida como um jogo, no qual vocês fazem malabarismo com cinco bolas que lançam ao ar. Essas bolas são: o trabalho, a família, a saúde, os amigos e o espírito.

O trabalho é uma bola de borracha. Se cair, bate no chão e pula para cima. Mas as quatro outras são de vidro. Se caírem no chão, quebrarão e ficarão permanentemente danificadas. Entendam isso e busquem o equilíbrio na vida. Como?

* Não diminuam seu próprio valor, comparando-se com outras pessoas. Somos todos diferentes. Cada um de nós é um ser especial.

* Não fixem seus objetivos com base no que os outros acham, mesmo que para eles seja importante. Só vocês estão em condições de escolher o que será melhor, para vocês próprios.

* Dêem valor e respeitem as coisas mais queridas aos seus corações. Apeguem-se a elas como a própria vida. Sem elas a vida carece de sentido.

* Não deixem que a vida escorra entre os dedos por viverem no passado ou no futuro. Se viverem um dia de cada vez, viverão todos os dias de suas vidas.

* Não desistam quando ainda são capazes de um esforço a mais.

* Nada termina até o momento em que se deixa de tentar.

* Não temam admitir, que não são perfeitos.

*Não temam enfrentar riscos. É correndo riscos que aprendemos a ser valentes.

* Não excluam o amor de suas vidas dizendo que não se pode encontrá-lo. A melhor forma de receber amor é dá-lo. A forma mais rápida de ficar sem amor é apegar-se demasiado a si próprio. A melhor forma de manter o amor é dar-lhe asas. Corra atrás de seu amor, ainda dá tempo!

* Não corram tanto pela vida a ponto de esquecerem onde estiveram e para onde vão.

* Não tenham medo de aprender. O conhecimento é leve. É um tesouro que se carrega facilmente.

* Não usem imprudentemente o tempo ou as palavras. São coisas, que se mal utilizadas, não se podem recuperar. A vida não é uma corrida, mas sim uma viagem que deve ser desfrutada a cada passo.

Lembrem-se: Ontem é historia. Amanhã é mistério, e o Hoje é uma dádiva, por isso chama-se presente!

Você já olhou sua janela hoje?


Um casal, que havia se casado recentemente, mudou-se para um bairro muito tranqüilo. Na primeira manhã que passaram na casa, enquanto eles apreciavam um café, a mulher reparou em uma vizinha que pendurava lençóis no varal e comentou com o marido:

- "Que lençóis sujos ela está pendurando no varal! Está precisando de um sabão novo. Se eu tivesse intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a
lavar roupas!"

O marido observou calado. Três dias depois, também durante o café da
manhã, a vizinha pendurava lençóis no varal e novamente a mulher comentou
com o marido:

- "Nossa vizinha continua pendurando os lençóis sujos! Se eu tivesse
intimidade perguntaria se ela quer que eu a ensine a lavar as roupas!"

E assim, a cada três dias, a mulher repetia seu discurso, enquanto a vizinha
pendurava suas roupas no varal. Passado um mês, a mulher se surpreendeu ao ver os lençóis muito brancos sendo estendidos e empolgada foi dizer ao
marido:

- "Veja, ela aprendeu a lavar as roupas, será que outra vizinha lhe deu
sabão? Porque eu não fiz nada."

O marido calmamente respondeu:

- "Não, hoje eu levantei mais cedo e lavei a vidraça da nossa janela!"

E assim é a nossa vida, tudo depende da janela através da qual observamos os fatos.

Antes de criticar, devemos verificar se fizemos alguma coisa para contribuir
e podemos começar verificando nossos próprios defeitos e limitações. Devemos olhar, antes de tudo, para nossa própria casa, para dentro de nós mesmos.

Se assim poderemos ter noção do real valor de nossos amigos.

Você já olhou sua janela hoje?

Lave sua vidraça!

Abra sua janela!

domingo, 16 de setembro de 2007

Caridade


Todos nós devemos buscar o mesmo objetivo – a caridade. Devemos aceitar e respeitar o outro, colaborando para que todos, a cada dia, aprendam mais sobre si e sobre a caridade. Dar um sorriso, ouvir ou dar um conselho independem da posição social ou de riqueza. Ninguém é melhor do que ninguém. Jesus disse que somos todos irmãos, e irmão é irmão em qualquer lugar. Viver é estar em sintonia.

Dividir o espaço, apenas com quem gostamos, é muito fácil e pouco. Para quem busca crescer espiritualmente, a presença do outro deveria sempre ser uma festa. Para conhecer o outro é necessário abrir-lhe espaço. É muito importante deixar o outro ser ele mesmo, sem medos, sem exigir que corresponda ao que esperamos dele. Nunca devemos precisar de agradecimentos para fazer a caridade.

Somos responsáveis pelos nossos atos e por nossos pensamentos. É importante termos bons pensamentos, alimentando boas vibrações, estando sempre disponível para ajudar a todos que pudermos. É muito pouco nos colocarmos em vibrações somente durante os rituais religiosos, seja de que religião for, devemos vibrar em todo e qualquer momento para nos auxiliar ou auxiliar a um irmão nosso.

A caridade pode acontecer de diferentes formas, não importando muito a forma, nem o momento, o importante é estarmos disponíveis quando alguém precisar, levando em conta nossas particularidades. Importa saber que sempre aprendemos com os outros, basta que estejamos abertos em toda e qualquer oportunidade, sábio é aquele que mais ouve do que fala.

Ninguém pode dizer que não tem condições de passar uma mensagem, muitas vezes, um alento, uma força, em outras, um conselho, uma dica, falar da própria experiência, oportunizando seu próprio espírito à prática da caridade. Não devemos nos intimidar em deixar de dar uma mensagem, quando sentimos que poderá ajudar ao outro. Devemos ter o propósito e a disposição para fazer a caridade sempre, e isto só nos ajudará a sermos pessoas melhores.

A fé sem obras está morta. Então busque sempre fazer a caridade ao seu redor, para todos aqueles que cruzarem o seu caminho. Deixo aqui um pensamento de São Tomás de Aquino. Segue:

“Há pessoas que desejam saber só por saber, e isso é curiosidade; outras, para alcançarem fama, e isso é vaidade; outras, para enriquecerem com a sua ciência, e isso é um negócio torpe: outras, para serem edificadas, e isso é prudência; outras, para edificarem os outros, e isso é caridade.”

sábado, 15 de setembro de 2007

Falando sobre amor...


Precisamos aprender a amar. Gostar é pouco e enjoa. Feliz daquele que sabe amar a todos, indistintamente. Todo ser humano carrega dentro de si, uma fera e uma criança, precisamos aprender a domar a fera e amamentar a criança. Só assim aprenderemos a amar, amando a todos, sem enjoar.

O amor gera respeito, resignação, sonho e ilusão e feliz o homem que sabe usufruir, pois o outro é muito importante em nossa vida, devendo ser amado. Se soubermos amar, nunca sentiremos solidão. Amar é simples.

Muitas vezes não conseguimos amar, porque queremos ser amados primeiro, mas a verdade é que receberemos mais amor, quanto mais nos doarmos. Ninguém é tão pobre, que não possa doar coisas imateriais, todos têm muito para dar, mas normalmente querem apenas receber... A caridade não tem preço. Quem faz a caridade não deve esperar agradecimento, não deve cobrar e nem negociar! A caridade vem da alma, portanto, é gratuita! O mesmo acontece com o amor!

Impomos sempre condições para amar, mas o verdadeiro amor é incondicional, é um dar sem esperar, constantemente, como o amor materno, a mãe ama seu filho e se doa, sabendo que o bebê nada tem para dar, pela sua própria constituição física, é este amor que precisamos levar para toda vida e para todos. Recebemos em dobro, o que fizermos aos outros, tanto coisas boas como más, todos sabemos disto, pois é uma lei universal, é a lei de ação e reação a que todos estamos sujeitos.

Costumamos amar só os que nos fazem bem e não tem defeitos... pensando assim, não conseguiremos amar ninguém! Porque todos têm defeitos, inclusive nós... seguindo neste raciocínio, não seremos amados também... É preciso vomitar a arrogância e reconhecer os erros. Transformar-se, com ou sem religião. De seu tempo, de seus ouvidos, de sua compreensão, de seu amor!

O questionamento é natural no ser humano, porém temos perguntas que não serão respondidas neste plano, neste mundo. Como já dizia o sábio William Shakespeare, há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vão filosofia. Sabemos que há, mas não temos acesso a todas as informações, nem por isso eles deixam de existir. A ciência tem evoluído muito neste sentido, e muitas coisas que se achavam impossíveis no passado, são corriqueiras atualmente, nem ao menos, conseguimos viver sem elas, como o computador ou o celular, por exemplo. Portanto, mesmo que não saibamos, há muito para ser descoberto, e saberemos no momento certo.

Jesus disse: “Não julgueis para não ser julgado”. É arrogância dizer que o outro errou. Percebemos os erros dos outros, sem perceber o nosso, por orgulho e o orgulho é o caminho do erro.

Muitas vezes julgamos sem ter todos os fatos. Melhor pensar, se eu estivesse no lugar dessa pessoa o que eu faria? Mesmo assim, não teríamos a certeza do que faríamos, um bom exemplo é um assalto: todos dizem que fariam isto ou aquilo, julgam que a pessoa foi louca ou calma demais, mas todos que passaram por um assalto, se surpreendem com a própria atitude, porque na verdade, não sabemos o que faríamos, sem ter vivido a situação, portanto porque julgar o outro? Com que direito? Já que talvez fizéssemos igual, ou até pior. Não temos como saber a batalha íntima que se trava dentro de um ser, num momento de conflito. Dizer que alguém errou ou que tem este ou aquele defeito é fácil, porém não estamos olhando com amor, pois quando temos amor, apoiamos e compreendemos, e não julgamos.

Em cada noite as estrelas estão diferentes e temos em cada dia uma nova oportunidade. Quando não conseguimos perceber o quanto acordamos diferente em cada novo dia, ainda não nos conhecemos bem o suficiente, e consequentemente também nós não temos como conhecer o outro. Perceber-se é o primeiro passo para se perceber o outro.

Precisamos aceitar o outro como ele é. É imprescindível aprender a trocar, aceitar a vida e amar. Este é o caminho para a felicidade, vamos tentar?

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Conviver com Harmonia


Precisamos aprender a conviver com o outro, buscando o que se tem de bom para a convivência. Não devemos olhar os defeitos, nossos ou dos outros, sem ter foco no objetivo principal, que é o de aprender com eles. Busquemos não nos relacionar apenas por interesses próprios, visando sempre o bem de todos, inclusive o nosso.

Todos nós temos qualidades e defeitos, logo, devemos procurar focar nas qualidades dos outros, assim, podemos ser mais amigos, mais próximos, entendendo mais o que o outro gosta e o que não gosta também, o que precisa e o que não precisa. Desta forma, além de nos tornarmos seres humanos melhores, conquistaremos a simpatia e a amizade de muitas pessoas. Precisamos agir sempre com respeito mútuo. Todos desejam ser respeitados, e comportamento gera comportamento, portanto, agindo desta forma, respeitaremos e obteremos o respeito de todos.

Podemos não gostar de alguma coisa que alguém nos disse ou fez, sem por isso, deixar de gostar da pessoa. Quando isto acontecer, podemos procurar conversar sobre o fato, pois o diálogo é o remédio para quase todos os problemas de relacionamentos. Com o diálogo, esclarecemos muitos mal entendidos, pois, às vezes, por uma palavra mal colocada, ou um gesto impensado, colocamos relacionamentos carinhosos e antigos a se perderem, onde só encontramos sofrimento e mágoas, que não levam a nada.

Precisamos não confundir o que a pessoa é, com o que ela fez, e mais ainda, permitirmos que ela tenha uma chance de se explicar, pois levem em conta, que pode ter sido apenas um problema pontual, sem grandes conseqüências, mas que se reverte em ruptura, caso não dialoguemos. Todos terão a ganhar com isto, principalmente você!

Nosso papel é caminharmos de mãos dadas, pois Jesus falou que todos somos irmãos, imagine então, o quanto isto fica mais forte, com relação aos amigos! Chamemos sempre para o diálogo, com o propósito de esclarecer, ajudar e a obrigação de caminharmos juntos!

A solidão é o pior castigo. O sofrimento enobrece a alma no contato com o mundo exterior, e será inevitável o conflito, pois somos seres universais únicos! Cada um com suas características, ansiedades, medos, traumas anteriores, manias e educação diferenciada. Vocês podem imaginar a riqueza da troca com tantas pessoas diferentes? É imperdível! Se pensarmos assim, o sofrimento fica bem menor perto dos ganhos obtidos com os relacionamentos. Pensem em todos que já passaram pela sua vida, cada um deixou uma marca, um aprendizado, por que desperdiçar isto?

Precisamos valorizar cada décimo de segundo de nossas vidas. Dessa forma, conseguiremos encontrar nosso eu profundo, através de nossa educação interna. Observa-te a ti mesmo como o faria teu pior inimigo, assim tornar-te-ás teu melhor amigo. Devemos valorizar as pequenas coisas, aprendendo a reconhecer a importância delas, sem exigir recompensa para nossos atos.

Confúncio já dizia: não corrigir nossas faltas é o mesmo que cometer novos erros. E de nada vale tentar ajudar aqueles que não se ajudam a si mesmos. Existe um provérbio africano que diz que nunca se esquecem as lições aprendidas na dor. Muito profundo este provérbio, pois ele encerra uma verdade, que é justamente sobre o que estamos falando, é na dor que burilamos nossa alma, é na dor que crescemos e aprendemos novas lições, pois a vida é perfeita. Anatole France, escritor francês, falou que se sabendo sofrer, sofre-se menos, ele quis dizer exatamente isto, que se aproveitarmos o sofrimento para a aprendizagem, não sofreremos tanto e, ainda seremos melhores, e todos sabem, por experiência, que quanto maior são as dificuldades a vencer, maior é a nossa satisfação. Em cada lágrima derramada descobrimos uma nova verdade e, a paciência que adquirimos se soubermos sofrer, torna mais leve o que a tristeza não cura. A dor possui um grande poder educativo: faz-nos melhores, mais misericordiosos, mais capazes de nos recolhermos em nós mesmos e persuade-nos de que esta vida não é um divertimento, mas um dever.

Andrew Carnegie foi um empresário escocês e filantropo, ele escreveu à Napoleon Hill, escritor americano um pensamento muito conhecido, que tem tudo haver com o que estamos falando, ele escreveu o seguinte:

”Dois importantes fatos, nesta vida, saltam aos olhos; primeiro, que cada um de nós sofre inevitavelmente derrotas temporárias, de formas diferentes, nas ocasiões mais diversas. Segundo, que cada adversidade, traz consigo a semente de um benefício equivalente. Ainda não encontrei homem algum bem-sucedido na vida que não houvesse antes sofrido derrotas temporárias. Sempre que um homem supera os reveses, torna-se mental e espiritualmente mais forte... É assim que aprendemos o que devemos à grande lição da adversidade.”

Concordo com ele e acrescento que certas derrotas preparam-nos para grandes vitórias. Devemos querer coisas boas e ter esperança na vida, não devemos agir como mortos-vivos, pois esta atitude é pior do que morrer. Os covardes morrem muitas vezes antes da morte. Não existir pela ausência da ação ou por ter esvaziado seu sentido, isto é obscurecer a ação. É preciso recuperar a esperança, como a tem a criança.

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

Por que sofremos?


A vida nos obriga a aprender. Ela é fria, quando falta calor humano, e é obscura, quando falta amor. Qualquer falta que sentimos na vida, seja de amor, de dinheiro, de paz, costuma-se cobrar dos outros, mas a quem realmente devemos cobrar?

O ser humano se apega à dor ou àquilo que não possui. Normalmente não fala de alegria, apenas reclama e reclamação é um hábito muito ruim, para nós mesmos e àqueles que nos rodeiam. Pergunto, quem gosta de conviver com pessoas que reclamam muito? Ninguém! Porém, nos esquecemos disso e reclamamos, muito! Importante ter consciência que no sofrimento existe aprendizagem. É nele que nos lapidamos e nos tornamos seres humanos melhores, adquirindo virtudes tais como: a paciência, a resignação, a compreensão e a vontade de ajudar aos outros, que às vezes, sofrem mais do que a gente.

Quando as coisas não acontecem como queremos, ou nos encontramos em uma situação difícil, principalmente em contato com a dor, não dimensionamos a nossa colaboração, o quanto somos responsáveis por aquela situação, mas jogamos todas as nossas frstrações nos outros! Pior, normalmente cobramos dos mais próximos... justamente aqueles que mais amamos, quando na verdade deveríamos buscar as respostas dentro de nós mesmos. Porém, buscar a nossa responsabilidade dói, incomoda, temos que nos criticar e nos questionar aonde estamos errando e o que precisamos aprender, ou seja, ferimos o nosso orgulho! Quando conseguimos superar o orgulho e começamos a atuar com humildade, nos perguntamos: o que tenho feito para passar por isto, ou ainda, o que preciso melhorar para sair disto? O que o Pai Maior está me mostrando com essa dor, que eu ainda não consegui superar? O que Ele quer me ensinar? É exatamente nessa reflexão que nós econtraremos todas as respostas, portanto, é no caminho da reforma íntima que devemos trilhar, e não no da reclamação, isto se quisermos evoluir como ser humano.

Reflitamos sobre isto, pois é muita arrogância nossa, acreditar que os outros sejam responsáveis por tudo o que nos acontece. Como fica nosso livre arbítrio? Fazemos escolhas o tempo todo, portanto, devemos pensar se elas são boas ou não, se quisermos evoluir como seres humanos, nos tornando pessoas melhores e mais felizes. Nossa arrogância nos cega e nem conseguimos perceber nossa responsabilidade nos sofrimentos, mesmo quando não o somos diretamente, será que não contribuimos, pelo menos com a falta de perdão? Queremos sempre sermos perdoados quando erramos, mas dificilmente queremos perdoar as faltas dos outros...

Busquemos então, dentro de nós, as razões de nosso sofrimento, esta postura, no mínimo, trará alento, além de aproximar mais as pessoas que passarão a admirá-lo, pois como já disse, ninguém gosta de ficar perto daqueles que só tem lamúrias para falar. Busque a alegria, que transborda ao nosso redor, mas não a vemos, porque nosso foco é a dor. Essa mudança de foco mudará a sua vida, e não somente seu sofrimento, que na maioria das vezes, nem é tão doloroso. Desejo muita luz em sua vida e que você seja feliz!

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Falando sobre a homossexualidade - Parte II


Os homossexuais são pessoas como qualquer outra que nascem, adoecem e morrem como qualquer um. Nossa sociedade torna suas vidas mais difíceis e dolorosas pelo preconceito. O importante é saber que a felicidade vem do exercício pleno dos direitos dos indivíduos. Nesses se inclui o pleno exercício da sexualidade seja ela qual for. A aceitação pessoal é o primeiro passo para se conquistar o orgulho de viver.

O fato real sobre este tema é que uma parte significativa da sociedade quer que os homossexuais desapareçam, ou seja, acabam matando-os diretamente ou indiretamente, de muitas maneiras, uma delas é através do suicídio.
Vivemos numa sociedade que fornece às crianças diversos graus de problemas de ódio interior para aqueles que assumem a sua orientação homossexual. Estes fatos encontram-se muitas vezes associados a problemas de suicídio e outras ações auto-destrutivas, como as drogas, por exemplo. Dependendo da religião, ou daquilo que uma criança foi ensinada a reconhecer como Deus, os problemas de suicídio podem começar mesmo antes da adolescência.

O preconceito é o maior vilão da não integração destes grupos, tanto gays quanto lésbicas, à sociedade. Ele impede a normalidade da vida destas pessoas, fazendo com que estas se sintam culpadas de terem este comportamento sexual, que na verdade pertence somente a cada uma delas independente da qualquer outro comportamento ditado pela sociedade como sendo normal.

Quando ensinamos a um jovem homossexual quer através da religião, quer através da escola, que a sua vida não tem qualquer valor, eles acabarão por a tratar como tal: sem valor. Farão coisas para demonstrarem que não se auto-respeitam, tais como usarem drogas, tentativas de suicídio ou situações de promiscuidade.

Alguns estudos têm mostrado que os homossexuais estão mais sujeitos a depressão, abuso de álcool e suicídio que os heterossexuais. As possibilidades de tentar terminar com sua vida são treze vezes maiores para os homossexuais e bissexuais que para o restante da população de sua mesma idade e condição social. Em cada três indivíduos que cometem uma tentativa de suicídio, um é homossexual ou bissexual. Alguns pesquisadores estão identificando a adolescência como uma fase especialmente vulnerável ao suicídio. A orientação homossexual está significativamente relacionada aos sintomas ligados ao suicídio, em comparação com os heterossexuais.

Os adolescentes homossexuais se sentem humilhados e acreditam que serão detestados por todos, principalmente pelos que mais amam, pois estão acostumados a ouvir anedotas a respeito. Eles pensam em como manter o seu segredo, ou ser quem o é, e temem a ser gozado e rejeitado pelos outros. Eles vivem uma luta interior constante e, muitas vezes, não têm estrutura psicológica para superar esses sentimentos, vendo a morte como única saída.

A depressão é aparente, mas muitos pais preferem associar aos problemas naturais desta fase, a adolescência, muitas vezes estão certos, mas melhor prevenir do que se arrepender depois, portanto, a melhor saída é o diálogo, permeado por amor e respeito.Tudo que eles desejam é viver uma vida normal, muitos tentam mudar e/ou aguardam ansiosamente que seus desejos passem, mas no fundo, apenas querem ser aceitos.

Espero ter sensibilizado muitos pais de adolescentes que se encontrem nesta situação, pois depois da tragédia, só restará dor e sofrimento, além de culpa e remorso, então porque não tentar evitar? O diálogo é o caminho, com muita compreensão, respeito e amor! Para o adolescente, guardar um segredo como este é um fardo pesado demais para se carregar, e com o espírito torturado e deprimido, eles poderão ver no suicídio, uma salvação, este é um perigo muito grande! Levem a sério os ataques de depressão de seus filhos, pois eles poderão estar num caminho sem volta, se não for sério, qual o problema? Não será melhor assim? Dêem muito amor, enquanto há tempo, pois depois, nada restará, a não ser as lágrimas...

Muitos adolescentes aguardam ser questionados sobre o que os deprime, quando não perguntamos o que está acontecendo, eles sentem que não são amados. Sabemos que isto não é verdade, mas é como eles se sentem! Tudo o que eles esperam é compreensão e apoio. Eles não tem, muitas vezes, condições de perceber que com o suicídio, estão assumindo o medo, o erro e o ódio dos outros, se auto-destruindo, acreditando que a morte irá aliviar desta batalha infame que os corrói, então precisam de amor e apoio, principalmente da família. O amor dos pais não impõe condições, portanto dêem o máximo que puderem, para evitar que seu filho busque as drogas ou até mesmo o suicídio...

Atendo e já atendi a muitas famílias com esse problema, acreditem ou não, ele é muito mais comum do que possamos imaginar. Muitos vêm antes da tragédia, mas a maioria, procura ajuda para superar as sequelas, realmente espero ter contribuido para que muitos acordem a tempo!

terça-feira, 11 de setembro de 2007

Falando sobre a homossexualidade - Parte I


Tenho como objetivo aqui, auxiliar aos pais que temem pelas escolhas sexuais de seus filhos e, principalmente àqueles que já estão cientes desta possibilidade. Muitos pais tendem a menosprezar sinais de que algo não está bem com nossos filhos, mas optam por deixar para lá para evitarem o sofrimento, sem perceberem que estão no limiar de um abismo.

Já é sabido que muitos adolescentes cometem o suicídio por não conseguirem lidar com suas escolhas sexuais, pelo preconceito percebido, muitas vezes no próprio lar! Depois, os pais se culpam por não terem dado o que poderiam ter dado, enquanto ainda havia possibilidade, e nada mais é do que amor, compreensão e apoio. Portanto vamos falar deste assunto, para quebrar paradigmas e abrir novas possibilidade de se olhar essa questão, para a própria família, para um parente próximo ou um amigo. Todos sabemos que a maioria se sente invunerável, e sabemos muito bem, que não o somos, portanto, melhor avaliarmos essa questão, com bom senso, enquanto ainda temos possibilidades.

Estudos recentes demonstram que a homossexualidade é um processo biológico normal. A homossexualidade, por si só, não implica em qualquer deterioração no discernimento, estabilidade, credibilidade ou nas capacidades vocacional ou social. A homossexualidade não é uma doença nem uma perturbação mental. Ser homossexual é mais uma variante da espécie humana, como o ser canhoto, negro, alto, magro. Não há, portanto, nada de errado em ser homossexual.

A escolha sexual é formada nos primeiros anos de vida. Muitos especialistas acreditam que a escolha ocorre antes de nascer, outros por volta dos cinco anos de idade. A homossexualidade, por si só, não promove a anormalidade psicológica. O viver sob opressão e o pretender não ser homossexual, contudo, pode prejudicar os sentimentos de auto-estima e, isso sim, pode causar sérios danos psicológicos.

A homossexualidade como modalidade de orientação sexual é universal, surgindo em todas as sociedades. Todas as sociedades produzem conjuntos similares de homossexuais assumidos. Embora nem todos concordem a homossexualidade não é uma doença, porém ela poderá levar a várias doenças tanto físicas pela possível promiscuidade, quanto psicológicas, pelo preconceito da sociedade.

O preconceito com relação aos homossexuais é o que provoca sérios distúrbios psicológicos, quer no adolescente, quando teme assumir o que escolheu, quanto para os familiares que se preocupam com o que os outros irão pensar! A homossexualidade era considerada normal na Grécia e Roma Antigas, tanto na época de prosperidade, como na época de queda, sendo que os homossexuais eram elevados a altas posições de liderança.

A religião e a fé são componentes fortes para reforçar esse preconceito, porém, Jesus não disse uma única palavra acerca da homossexualidade. Entre muitas das coisas condenadas encontram-se o adultério, muito comum e nem tão reprimido... Tentar mudar a uma resposta sexual de homo para heterossexual é desastroso e tem, geralmente, consequências graves. Temos uma escolha de como nos havemos de tratar uns aos outros. O ódio para com os homossexuais é obra dos homens, não de Deus.

Importante ressaltar que a homossexualidade não é uma opção sexual, pois isso pressuporia a existência de uma escolha consciente e real por parte do sujeito homossexual, que não existe: ninguém escolhe ser homossexual, heterossexual, branco, negro, alto, baixo... Desta forma estamos perante uma orientação sexual, cuja existência não depende da vontade do mesmo.

Muitos homossexuais não se revelam às famílias e colegas porque têm medo de serem rejeitados ou de se serem ridicularizados. Importante ressaltar que se forem verdadeiros acerca de quem verdadeiramente são, é o primeiro passo em direção à compreensão e à aceitação pelos outros. Uma família adequada é aquela que ensina e transmite amor, desenvolve a auto-estima e o respeito pelos outros.

Como pai ou mãe, você acredita que se sentiria melhor se o seu filho lhe mentisse deliberadamente, mas no fundo sabe que não. Normalmente queremos conhecer e amar nossos filhos, como eles realmente são e, principalmente, apreciamos sentir sua confiança em nós, demonstrando o quanto nos ama, bem como necessitando de nosso apoio.

As pessoas não precisam ser sexualmente ativas para saberem a sua orientação sexual, pois os sentimentos e emoções são igualmente parte da identidade de uma pessoa. O compreender a nossa sexualidade pode ser um processo que dure uma vida inteira e os adolescentes não se deveriam se preocupar em definirem sua sexualidade no início, mas eles precisam do apoio dos pais. Porém, muitos pais tendem a ver no comportamento dos seus filhos homossexuais, atitudes de vingança, baseados em conceitos deformados frente ao conflito de gerações, ou tendem a se sentirem culpados pela escolha do filho. Pesquisas revelam que os homossexuais se encontram em todo o tipo de família, com diferentes ambientes, portanto, a causa não seria a família. Não é saudável, apressar o processo de compreensão da orientação sexual de seu filho.

O apoio dos pais é muito importante para se evitar possíveis desequilíbrios emocionais, principalmente o suicídio, portanto não critiquem seu filho por ser diferente e procure ajuda profissional para ele ou para alguém da família, incluindo os próprios pais, evitando uma possível depressão. Não exijam que ele viva de acordo com seus ideais, defendendo-o de todo e qualquer tipo de discriminação.

Os pais tendem a se preocupar com a solidão dos filhos, porém, o risco da solidão é um risco inerente a qualquer um de nós enquanto seres humanos. Nenhum de nós está livre de ficar sozinho um dia. A preocupação maior deveria ser com a possível depressão e incapacidade em lidar com a rejeição, correndo-se o risco de se levar um adolescente ao suicídio, como existem inúmeros casos por aí.

segunda-feira, 10 de setembro de 2007

Falando sobre a Depressão


Depressão é uma doença, considerada por muitos, como o mal do século. A depressão é uma enfermidade afetiva, de natureza cíclica, ou seja, quem já teve uma vez, tem maior probabilidade em tê-la novamente e, na fase crítica, se caracteriza pela presença de sintomas físicos e psicológicos.

Os sintomas são de ansiedade, apatia, desânimo, tristeza, indiferença por tudo e por todos. O depressivo apresenta falta de iniciativa e baixa auto-estima. Pode vir associada com perturbações no sono, dor de cabeça e perda de apetite. Ela consiste no surgimento de um sentimento generalizado de tristeza que varia de grau, passando por um sentimento de desalinho moderado até o mais intenso desespero. Ela pode durar poucos dias ou estender-se por semanas, meses e até anos.

Na visão espiritual, é um transtorno do humor, com baixa da atividade geral, levando a sofrimento íntimo profundo, desesperança, falta de fé em Deus, em si próprio e na vida. O deprimido apresenta duas características: egoísmo e agressividade. Egoísmo por crer que sua dor é a maior do mundo e agressividade voltada principalmente contra si mesmo.

Já comentei em outros textos, que a doença é o resultado do desequilíbrio energético do corpo físico em razão da fragilidade emocional do espírito que o aciona. A depressão instala-se pouco e pouco, porque as correntes psíquicas desconexas que a desencadeiam, desarticulam, vagarosamente, o equilíbrio mental.

O tratamento psicológico é muito importante por auxiliar no auto-conhecimento, nas resoluções de conflitos e tomada de posição diante dos problemas. Porém, é muito importante desenvolver uma busca espiritual, ter fé em algo divino, para conseguir superar a fase crítica da depressão, acreditando que dias melhores virão. Falar com o depressivo sobre essa esperança é vital, pois muitos pensam em cometer suicídio. Cautelosamente, além de incutir sentimentos positivos, precisamos também deixar claro que eles precisam gostar deles mesmos, e que seus atos fazem sofrer os que estão à sua volta. Eles precisam sentir que são amados, para que os pensamentos negativos se afastem, dando lugar à esperança.

Todos nós temos um limiar para suportar a dor, o sofrimento, a frustração sem que algo mais grave nos aconteça, porém, este limite parece estar muito relacionado com o nosso grau de equilíbrio interior. Importante se faz, associado ao tratamento com terapia, a busca da própria espiritualidade.

A tristeza faz parte de nossa condição humana e não há quem não tenha sofrido por ela, portanto é muito importante não confundir estados passageiros de melancolia com a depressão, normais em alguns momentos na vida de qualquer ser humano, com a tristeza profunda encontrada nos depressivos. Ninguém sabe o que um deprimido sente, só ele mesmo e talvez quem tenha passado por isso.

Transcrevo abaixo, um poema psicografado por Chico Xavier, que gosto muito e que poderá ajudar àqueles que convivem com depressivos, pois o depressivo, nem ao menos se interessa por leitura:

O que mais sofremos

O que mais sofremos no mundo:
Não é a dificuldade. É o desânimo em superá-la.
Não é a provação. É o desespero diante do sofrimento.
Não é a doença. É o pavor de recebê-la.
Não é o parente infeliz. É a mágoa de tê-lo na equipe familiar.
Não é o fracasso. É a teimosia de não reconhecer os próprios erros.
Não é a ingratidão. É a incapacidade de amar sem egoísmo.
Não é a própria pequenez. É a revolta contra a superioridade dos outros.
Não é a injúria. É o orgulho ferido.
Não é a tentação. É a volúpia de experimentar – lhes os alvitres.
Não é a velhice do corpo. É a paixão pelas aparências.
Como é fácil de perceber, na solução de qualquer problema, o pior problema é a carga de aflição que criamos, desenvolvemos e sustentamos contra nós.

quinta-feira, 6 de setembro de 2007

Falando sobre a Culpa


A culpa está presente no sentimento dos homens há muitos séculos. Na Bíblia temos muitos exemplos históricos. Segundo a ideologia cristã, sem a culpa, tenderíamos a ignorar o nosso próximo, o que não seria bom para o desenvolvimento da humanidade. Porém existe um lado negro, sutil, que nos transforma em seres desprezíveis, pois o modelo ideal que nos foi passado – Jesus – é insuperável.

Segundo a psicologia, a culpa decorre da responsabilidade por algo que fizemos e que repercutiu negativamente. Muito ligada à religião cristã, portanto é algo marcante em nossa sociedade.

Sentir-se culpado em algumas situações é normal, o que não é normal é quando a pessoa se sente culpada, quase que em tempo integral. Essa culpa se transforma rapidamente em depressão, baixa auto-estima, muita ansiedade e agressividade. A culpa gera revolta, porque reprimimos muitos sentimentos.

É muito importante ouvirmos nosso coração, pois ele é sábio para nos dizer quando realmente estamos errados, ou quando estamos nos culpando, sem motivos. A culpa é um sentimento muito doloroso e é preciso bom senso, para se avaliar se ultrapassamos ou não os limiares da ética, ou seja, o respeito ao próximo.

A fórmula é simples, não façamos para os outros, aquilo que não gostaríamos que fizessem para nós. O julgamento também é algo que devemos banir de nossos relacionamentos, pois quando julgamos muito os outros, costumamos ser juízes algozes conosco mesmo, e isso não é saudável.

A culpa é importante para podermos viver em sociedade, mas ela deve ter limites, pois quando ela não funciona em harmonia com nosso coração, nos tornamos revoltados, agressivos ou deprimidos, sem forças para lutar e acreditarmos em nós mesmos. Precisamos amar e respeitar o próximo, mas antes de tudo, é preciso nos amarmos em primeiro lugar!

Cada um dá o que tem, não colhemos maçãs em um limoeiro, ou seja, se formos a um pé de limão, colheremos limões e não maçãs... o mesmo acontece com os sentimentos, se não nos amamos, como podemos amar ao próximo? É preciso ter consciência de que somos imperfeitos e buscar nossa evolução sempre, mas termos em vista de que se nosso modelo – Jesus – é insuperável, Ele mesmo nos disse que somos como Ele, portanto, também somos Deuses! Portanto, não somos como Ele, mas poderemos ser um dia, porque temos Sua essência divina dentro de nós! Então porque a culpa constante?

É preciso aprender a perdoar, principalmente a nós mesmos! Erramos sim, e daí? Assumir o erro já é um passo bem difícil, mas é imprescindível esse passo, para caminharmos na evolução. Não se sinta culpado, errou, assumiu, busque a mudança, não carregue a culpa para sempre, pois ela irá atrapalhar todos os seus relacionamentos. Ame-se! Não julgue! Todos esses sábios conselhos também estão na Bíblia, mas a culpa é o mais forte de todos. Vamos alterar esse sentimento para podermos ser felizes e melhores a cada dia! Seja feliz! Não se culpe mais, apenas se transforme a cada dia um pouquinho, mas sempre para melhor! Boa sorte!

Casamento Feliz – É possível?


Felicidade é o que todos nós esperamos e desejamos, o problema começa com o que entendemos por felicidade! Felicidade é um estado de paz de espírito, não é estar em estado de alegria, o tempo inteiro. Infelizmente, é que a maioria procura e acaba não valorizando os momentos felizes, que é o que realmente importa!

Um casal precisa ter duas pessoas inteiras e uma diferente da outra, não existem pessoas que se completam, por serem partes de um inteiro, ou seja, cada um não é a metade do outro, este é um erro de expectativa no casamento. O que existem são pessoas diferentes, que aprendem um com o outro e se respeitam acima de tudo. É preciso reconhecer as diferenças e valorizá-las, aprendendo com elas. Precisamos aprender a tolerar as frustrações, tanto nossas referentes a escolhas erradas que fizemos, como as com relação ao outro, referentes a expectativas enganosas que criamos sozinhos, e jogamos em cima do outro.

Quando os dois pensam da mesma forma e têm os mesmo desejos, é ótimo, porém, é preciso que seja verdadeiro, pois normalmente, as pessoas se acostumam a gostar e a dizer as mesmas coisas e, de repente, se vêem reclamando da rotina! A rotina é criada por nós mesmos. Muitas vezes, concordamos tanto com o outro, que acabamos por nos perder, nem a gente mesmo sabe quem somos ou que queremos! Louco não? Mas é o que acontece quando a pessoa se esconde no outro, e, pior, vai cobrar do outro, uma responsabilidade que é só sua! Um perigo no casamento...

É importante mantermos as nossas próprias vidas, nossos desejos, nossos objetivos, que existiam antes do casamento, compartilhando com o outro as próprias expectativas e ansiedades, através do diálogo. Normalmente, somos educados para convergir e não para divergir, mas se não houver divergência, também não haverá mudança, portanto, sem crescimento, cairemos sem dúvida, na rotina monótona que tantos reclamam.

Toda mudança traz um risco, às vezes ganhamos, às vezes perdermos, às vezes nos tornamos pessoas melhores, às vezes não, mas o importante é evoluir, e isto só é possível, através da mudança, pois aprendemos com os erros, e não estagnados.

Ninguém gosta de briga, mas fazer de conta que nada aconteceu, também não é uma escolha saudável, quando não gostamos de algo, é preciso colocar isto para fora, de preferência, sem briga, apenas com diálogo, mas como isso nem sempre é possível, é preferível brigar a se calar, porque mais cedo ou mais tarde, o dique rompe, e será muito pior, porque ocorrerá um rompimento na relação, que poderia ter sido evitado, se o diálogo fosse uma constante na relação.

Enquanto houver esperança, há chances de se resgatar uma relação. Porém, fica quase impossível, quando a mágoa ou o ressentimento são tão grandes, que impedem de perceber as mudanças no outro. É imprescindível o perdão, para que se possa resgatar algum sentimento entre duas pessoas.

Enfim, casamento feliz é possível, quando criarmos expectativas reais, e não ilusões. Também é possível, quando se tem respeito e muito diálogo, pois sem a troca, é impossível relacionar-se. Outra coisa importante é saber que somos diferentes do que já fomos um dia, e o outro também! Mudamos todos os dias, e precisamos estar atentos às estas mudanças, tendo consciência que o mesmo acontece com o outro e acima de tudo, perder o medo de se magoar. Saiba que a mágoa faz parte do crescimento, o que precisamos aprender e a lidar com ela, através do perdão, inclusive nos perdoando a nós próprios, o que é bem mais difícil, porque às vezes, nem percebemos que estamos magoados conosco mesmo, por escolhas erradas.

Casamento feliz é uma construção diária, e começa pela base – respeito e amor, e acima de tudo, diálogo. Os psicólogos podem ajudar muito, num momento de crise, mas eles só conseguem ajudar, se as pessoas escolherem esse caminho. Vale a pena tentar!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

O Poder da Nossa Mente


Muito tem se estudado sobre o poder da mente, sabe-se que ela é muito poderosa e que aproveitamos apenas uma pequena parte do cérebro, pois utilizamos muito pouco, frente sua capacidade. Porém, podemos estimular nosso cérebro, ampliando seu poder. Existem várias possibilidades, vou citar as mais simples, que qualquer um de nós pode aplicar.

O cérebro pode ser estimulado com leituras, aprendizado de novas línguas, resolução de problemas matemáticos ou mesmo em tarefas rotineiras no trabalho, ou seja, basta colocá-lo em ação! Inclusive, podemos ampliar a longevidade de nossa vida, postergando a velhice e a perda de memória, apenas colocando nosso cérebro em uso constante.

Uma pessoa intelectualmente ativa tende a melhorar cada vez mais a potencialidade de seu cérebro. Em outra, que não lê, não estuda, não trabalha, nem se envolve em atividade desafiadora para a mente, ocorre o oposto. O cérebro decai e envelhece, como qualquer outra parte do corpo não utilizada.

Podemos estimular nosso cérebro com atividades prazeirosas e não apenas com atividades complexas ou inovadoras, apesar destas, ser a melhor forma de exercitar o cérebro. Jogar xadrez, por exemplo, sempre foi considerado um bom exercício cerebral, porque exige concentração e capacidade de inventar saídas para novas situações. Podemos então, exercitar nosso cérebro com qualquer outro jogo, que estimule o raciocínio, e há muitas opções no mercado, uma delas atrairá seu desejo.

Palavras Cruzadas é outro passatempo muito interessante, que também estimula muito nosso cérebro. Outra maneira apontada pelos especialistas é a leitura. Para quem gosta de ler, é um prato cheio, porém, para que não gosta, pode virar um martírio. Sempre aconselho à todos que passam por treinamento comigo, a ler muito e começar por leituras que o agradem, e não a ler os best seller do mercado, nem sempre atraentes para os que não vêem prazer na leitura. O segredo está em descobrir, qual a literatura que nos agrada, então, a leitura passa a ser um vício, e é uma das melhores formas de se utilizar toda a capacidade imaginativa de nosso cérebro.

Outro desafio para nosso intelecto é aprender uma nova língua, pois esta atividade provoca uma reação em cadeia no cérebro, obrigando-nos a criar novas combinações ou sinapses, para decifrar e armazenar palavras até então desconhecidas. São essas novas conexões, geradas pelo desafio diante da novidade, que aumentam a capacidade do intelecto de trocar informações consigo mesmo.

A memória é a ferramenta mais essencial do cérebro. O cérebro pode criar uma memória que durará apenas algumas horas, usando a informação em seguida, ou criar outra memória que irá durar pela vida inteira. O cérebro é essencialmente dinâmico e funciona como uma biblioteca onde sempre cabem mais livros, ou seja, mais informações, não há limites! O interessante é que quanto mais informações armazenarmos, mais ágil o cérebro se torna. O melhor conselho para quem quer melhorar sua capacidade intelectual é usar e abusar de seu cérebro.

Muitas pesquisas mostram que a mente, seus reflexos, e seu poder de alcance, podem ser utilizados tanto às coisas boas quanto às ruins, e o mais interessante é a concretização desses atos idealizados mentalmente. Acredita-se que somente os espíritos exercem influência sobre as pessoas humanas, com as chamadas obsessões que debilitam o obsedado, com dores físicas, problemas mentais, algum defeito no corpo, ou algumas outras formas de influir na vida particular de alguém. Sem sombra de dúvida, os espíritos também exercem suas influências sobre os outros espíritos, causando alguns transtornos para com aqueles que ainda não conseguiram compreender o caminho que verdadeiramente deve seguir, e aí está o poder da mente. Por todos os ângulos, a mente humana exerce grandes reflexos no cotidiano de cada um, ou de muitos, com a maneira de emitir vibrações deletérias sobre a atmosfera, sendo causa direta das quedas de muitos que se locupletam na maldade e inferioridade. Porém, muitos, criam seus próprios problemas com seus pensamentos, são as formas pensamentos, muitas vezes confundidas com obsessores.

Em texto anterior expliquei que somos como um rádio e podemos nos conectar com as freqüências do bem ou do mal, é uma escolha, portanto cuidado com aquilo que você pensa ou deseja, pois você poderá obter... Uma maneira de como evitar tal problema é buscar o auto-conhecimento individual quer seja espírito, ou pessoa comum que ainda perdura na matéria, usufruindo e alimentando toda inferioridade e maledicência que tem, pois somente o bem faz eliminar as maldades inferiores. Esta inferioridade será banida de um ser, quando se buscar nas preces e orações, a sua amiga inseparável, porque é desta forma que se limpa da ignorância que está dentro de cada um que não sentiu a lei do amor.

Controlar a mente é utilizar o aforismo de SÓCRATES (séc. V a.C.) que legou à humanidade, cujo princípio diz: "conhece-te a ti mesmo" (nosce te ipsum) que é justamente o conhecer o seu próprio interior, e assim poder controlar os seus impulsos de inferioridade e maledicência.