terça-feira, 26 de fevereiro de 2013

A árvore dos desejos


Esta é uma parábola antiga, que encerra um conhecimento muito profundo sobre nosso poder mental. Vale a pena a reflexão, de como nossos pensamentos têm o poder de plasmar muitas coisas que acontecem a nossa volta. Eventos que parecem sorte ou acaso, mas se prestarmos atenção, veremos que nós mesmos desejamos...                                                                        

Um homem estava viajando e, acidentalmente,­ entrou no paraíso. E no conceito indiano de paraíso, lá se encontram as árvores dos des­ejos. Você simplesmente se senta debaixo delas, deseja qualquer coisa e imediatamente seu desejo é realizado, não há intervalo entre o desejo e sua realização.


O homem estava cansado e adormeceu sob uma dessas árvores. Ao despertar, falou:


“Estou com tanta fome, desejaria poder conseguir alguma comida de algum lugar”. Imediatamente apareceu comida, vinda do nada, uma apetitosa refeição flutuando no ar! Estava tão faminto que nem prestou atenção de onde viera a comida, quando se está com fome, não se é filósofo. Logo começou a comer… estava delicioso...


Depois, a fome tendo desaparecido, olhou à sua volta. Estava quase satisfeito. Novo pensamento surgiu em sua mente:


“Se ao menos pudesse obter algo para beber…” Como não há proibições no paraíso, imediatamente apareceu-lhe uma excelente taça de vinho. Sorvendo o vinho relaxadamente à brisa plácida do paraíso, meditou:


“O que está acontecendo? O que está havendo? Estarei sonhando ou espíritos maus ao redor fazem truque comigo… ?” Espíritos surgiram. Ferozes, horríveis, nauseantes. O pobre homem começou a tremer. Novo pensamento veio à sua mente:


“Agora serei assassinado, com certeza…”

E ELE FOI ASSASSINADO.

Esta antiga parábola tem profundo significado: a mente do homem é a árvore dos dese­jos, o que ele pensa, mais cedo ou mais tarde, se realiza. Às vezes, o intervalo entre a idealização e a realização é tão grande, que ele esquece completamente que, de alguma maneira, “desejou” o ocorrido, não percebendo a ligação. Contudo, se observar detidamente, perceberá que todos os seus pensamentos, com medos e receios, estão a determinar sua vida, resultando no paraíso ou no inferno. Sua alegria, seu tormento.
Todos somos “magos”. Todos estamos a fiar e tecer o mundo fantástico onde vivemos… e aqui somos surpreendidos. A aranha é capturada em sua própria teia.

Ninguém tortura o homem senão o próprio homem. Desde que isto seja compreendido, mudanças para melhor têm lugar. O homem pode dar a volta. Pode transformar seu inferno em paraíso.

Simplesmente é assim. Só ele mesmo é o responsável.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

A Força do Perdão


O perdão é o caminho mais curto para nos aproximarmos da paz e da felicidade tão almejada por todos nós. Ele nos possibilita ajudar na concretização daquilo que mais desejamos, que é a ordem e a justiça no mundo, onde todos possam ser livres para amar, sem medos e sem serem alvos de preconceitos de qualquer tipo. Vários filósofos escreveram sobre isso, sem falar nos poetas que cantaram, em todas as línguas, esse grito de liberdade!

Pensem comigo, muitas mortes ocorreram, em lutas sangrentas, em nome da defesa própria e até em nome de Deus! No que, aqueles que mataram por amor, ou por defenderem a própria honra, ou em nome de Deus, se diferem de seus algozes? Nos 10 mandamentos está incluso o "Não Matarás", sem falar no "Amor ao Próximo Como a Si Mesmo"! A causa pode ser nobre, mas a ação em si, fere os desígnios de Deus! Tanto sabemos disso, que hoje somos mais evoluídos nesse sentido, tanto com relação a assumirmos esse tipo de solução, quanto no desenvolvimento das leis jurídicas, que nos regem. Somos mais evoluídos, sem dúvida, mas será mesmo, que somos mais amorosos, compreensivos e caridosos? Ou simplesmente, nos sentimos mais intimidados e cerceados em nossas tendências autoritárias, orgulhosas, egoístas e agressivas?

Quantas pessoas conhecemos, que exalam mel e doçura, enquanto não contrariadas em seus desejos e vontades, mas assim que se sentem decepcionadas e não respeitadas, se revelam feras perigosas, destilando veneno em palavras, gritos e sinais corporais extremamente violentos e desrespeitosos, chegando até a agressões físicas, ou, o que é mais comum, semeando, traiçoeiras, a discórdia com injúrias e fofocas maldosas, com a simples intenção de vingança? Quantas pessoas conhecemos que dizem amar uma pessoa, mas se essa pessoa a magoa, ou a rejeita formalmente, aquele "amor puro e verdadeiro" se transforma, imediatamente, em ódio mortal? Ora, o amor inclui respeito, liberdade e desejo incondicional de que o ser amado seja feliz, mesmo que não o seja conosco, não é mesmo? Por que então vemos tanta gente muito amada acabando no cemitério?

Claro que citei exemplos no limite máximo da falta de perdão. Porém, nos transferindo ao outro limite, ou seja, nos exemplos do perdão verdadeiro em seu limite máximo, eu pergunto, quantas pessoas conhecemos que são amáveis e doces, tranquilas e benévolas, tanto na alegria e quanto na tristeza, igualmente no sucesso e na dor, tanto em público, quanto também, com todos os seus familiares, na intimidade do seu lar? Quantas mantém a nobreza de caráter, quando agredidas verbalmente ou ofendidas em sua honra? Quantas mantém a dignidade, quando rejeitadas? Quantas ficam felizes com a felicidade do outro, mesmo quando esta os deixa infelizes? Quantas conhecemos que se calam ao ouvirem impropérios injustos de pessoas ensandecidas em sua cegueira? Quantos efetivamente praticam esse perdão incondicional? Provavelmente, poucos responderão positivamente a essas questões, e mesmo assim, esses conhecem algumas pessoas que agem assim, e é somente na prática desse perdão que chegaremos a ordem e a justiça tão desejadas.

Enquanto existirem atitudes do tipo "Olho por Olho", dificilmente haverá equilíbrio, felicidade e paz em nosso mundo, pois viveremos num ciclo infinito de semear e colher, até aprendermos a nos amarmos incondicionalmente.

Pensando no todo, de maneira universal, parece-nos difícil, quiçá impossível, reverter esse quadro, mas não podemos esquecer, que o mar é feito de pequenas gotas d´água, e a praia também é feita de pequenos grãos de areia, cada pequenina gota d´água, ou cada pequenino grão de areia faz toda a diferença no todo dessas duas belezas naturais. Pensando no esporte, 1 segundo pode dar a vitória para um em detrimento do outro. Na música, em uma orquestra, um único músico, tocando desafinado ou errado, destoa do todo, afetando a qualidade sonora da orquestra toda. Na saúde, uma única célula doente pode afetar a saúde do ser humano, um único cromossomo a mais, pode gerar um feto com problemas genéticos, um único espermatozoide, entre milhões, fecunda um óvulo, enfim, a nossa vida é cheia de exemplos de que pequenas diferenças, fazem muita diferença!

Podemos então fazer a diferença em nossas vidas, mudando, aos poucos, evitando pequenos deslizes, que cometemos em função de nosso orgulho e de nosso egoísmo, passando a praticar o perdão em todas as situações que se façam necessárias. Dessa forma, estaremos alterando o nosso entorno, e isso fará muita diferença em nossa vida! O perdão pode ser praticado em diversas situações simples, em nosso cotidiano, que não nos exigirá um esforço hercúleo, a não ser a nobre vontade em praticar o amor e a caridade, nos tornando pessoas melhores, em nosso próprio benefício!

Podemos fingir não ter percebido aquele ar irônico, aquele sorriso sarcástico, aquelas palavras dúbias, que tanto nos magoam, sem revidar a provocação. Podemos ouvir agressões verbais injustas e nos calar, aguardando um melhor momento para a salutar conversa. Podemos orar ou vibrar amor para aqueles que nos perseguem e que são injustos para conosco. Enfim, podemos tentar compreender o desequilíbrio alheio, sem nos desequilibrar também. Dessa forma estaremos utilizando a força do perdão, em nosso próprio benefício, porque, além de transformarmos um inimigo em amigo, colecionamos novos amigos, que admiram e desejam estarem com pessoas que agem no bem!

Que a prática do perdão se faça cada vez mais presente em nossos corações!

Texto escrito por Rosely Sola

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013

Complicações da Língua Portuguesa

Na recepção de um salão de convenções, em Fortaleza

- Por favor, gostaria de fazer minha inscrição para o Congresso.
- Pelo seu sotaque vejo que o senhor não é brasileiro. O senhor é de onde?
- Sou de Maputo, Moçambique.
- Da África, né?
- Sim, sim, da África.
- Aqui está cheio de africanos, vindos de toda parte do mundo. O mundo está cheio de africanos.
- É verdade. Mas se pensar bem, veremos que todos somos africanos, pois a África é o berço antropológico da humanidade...
- Pronto, tem uma palestra agora na sala meia oito.
- Desculpe, qual sala?
- Meia oito.
- Podes escrever?
- Não sabe o que é meia oito? Sessenta e oito, assim, veja: 68.
- Ah, entendi, "meia" é "seis".
- Isso mesmo, meia é seis. Mas não vá embora, só mais uma informação: A organização do Congresso está cobrando uma pequena taxa para quem quiser ficar com o material: DVD, apostilas, etc., gostaria de encomendar?
- Quanto tenho que pagar?
- Dez reais. Mas estrangeiros e estudantes pagam "meia".
- Hummm! que bom. Ai está: "seis" reais.
- Não, o senhor paga meia. Só cinco, entende?
- Pago meia? Só cinco? "Meia" é "cinco"?
- Isso, meia é cinco.
- Tá bom, "meia" é "cinco".
- Cuidado para não se atrasar, a palestra começa às nove e meia.
- Então já começou há quinze minutos, são nove e vinte.
- Não, ainda faltam dez minutos. Como falei, só começa às nove e meia.
- Pensei que fosse as 9:05, pois "meia" não é "cinco"? Você pode escrever aqui a hora que começa?
- Nove e meia, assim, veja: 9:30
- Ah, entendi, "meia" é "trinta".
- Isso, mesmo, nove e trinta. Mais uma coisa senhor, tenho aqui um folder de um hotel que está fazendo um preço especial para os congressistas, o senhor já está hospedado?
- Sim, já estou na casa de um amigo.
- Em que bairro?
- No Trinta Bocas.
- Trinta Bocas? Não existe esse bairro em Fortaleza, não seria no Seis Bocas?
- Isso mesmo, no bairro "Meia" Boca.
- Não é meia boca, é um bairro nobre.
- Então deve ser "cinco" bocas.
- Não, Seis Bocas, entende, Seis Bocas. Chamam assim porque há um encontro de seis ruas, por isso seis bocas. Entendeu?

- E há quem possa entender?


Isso porque, na conversa acima, não surgiu a necessidade em se falar sobre a "meia" que usamos nos pés... E a "meia", que se refere a metade de alguma coisa... Sem falar nas pessoas que utilizam erroneamente a palavra "meia" ao invés de "meio" para se referir a um estado físico ou emocional... Aí sim, deixaríamos o estrangeiro sem vontade em entender e aprender a nossa língua maravilhosa!!!

terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

FOCO NA APRENDIZAGEM

Para alguns de nós, a aprendizagem pode ser um processo muito difícil, porém existem dicas que ajudam a torná-la mais fácil. São elas:

1. Olhe e escute – Existem pessoas que tem sua memória auditiva mais desenvolvida que a visual. Lendo a informação terá mais chance de lembra-la mais tarde, uma vez que se está utilizando mais recursos para codificar a informação.


2. Escrever é diferente de digitar- Digitar as notas no computador pode ser ótimo para a posteridade, mas escrever com a mão é melhor para o seu cérebro. O simples ato de segurar e usar uma caneta ou lápis faz com que novas sinapses sejam acionadas e estimula novas ideias.


3. “Agite uma perna” - A falta de fluxo sanguíneo é uma razão comum para a falta de concentração. Se você está sentado em um só lugar por algum tempo, mexa uma de suas pernas por um minuto ou dois. Seu sangue começa a fluir e aguçar a concentração.


4. Tome café da manhã – Muitas pessoas pulam essa refeição e vão direto para o almoço, mas a criatividade é muitas vezes melhor no início da manhã, por isso é importante ter um pouco de proteína em seu sistema digestivo para alimentar o seu cérebro. A falta de proteína pode realmente causar dores de cabeça.


5. Ouça músicas - Pesquisadores descobriram que certos tipos de músicas são "chaves" para a memória. Informações aprendidas ao ouvir uma determinada canção podem muitas vezes ser lembradas, no momento em que ativa essas músicas na sua cabeça

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6. Cérebro = Mapas mentais - Necessidade de planejar alguma coisa? Mapas cerebrais, ou mapas mentais, oferecem uma forma compacta para obter uma visão geral de um projeto e eles permitem que você facilmente adicione detalhes. Com mapas mentais, você pode ver as relações entre ideias diferentes e que também pode atuar como um receptáculo para uma sessão de brainstorming.


7. Mantenha um diário - Isso não é exatamente o mesmo que um caderno de anotações. É necessário que tenha anotações de aprendizagens importantes em sua vida, o rastreamento de experiências ao longo do tempo. Se você adicionar em detalhes visuais, gráficos, mapas cerebrais, etc, você tem uma maneira muito mais criativa para manter o controle sobre o que você está aprendendo.


8. Dê uma caminhada - Mudando sua perspectiva, muitas vezes alivia a tensão, liberando assim a sua mente criativa. Uma curta caminhada pelo bairro pode ajudar.


9. Foco naquilo que está estudando - Foco sobre o que você está estudando. Não tente assistir TV ao mesmo tempo ou se preocupar com outras coisas. Ansiedade interfere com a absorção de informações e ideias.


10. Defina metas em sua vida - Prepare-se e vai perceber que os obstáculos são superáveis. Qualquer um que tenha experimentado esse fenômeno entende a sua validade.


Fonte: Neurociência em Benefício da Educação!
Link: http://neuropsicopedagogianasaladeaula.blogspot.com.br/2012/07/mantenha-o-foco-na-aprendizagem.html

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

A Bondade


A bondade é uma das mais belas e importantes vertentes do amor. Ela provoca a compaixão em nossos corações, nos levando a realizar verdadeiros atos de altruísmo, deveras importantes em nosso mundo atual, tão cheio de egoísmo e arrogância. A bondade, a compaixão e o amor nos conduzem à paz interior, tão desejada por todos nós! Já o ódio e o rancor, assim como os tristes sentimentos de vingança, nos afastam cada vez mais da paz interior.

Quando pensamos em nossos inimigos e nas maldades que eles nos fizeram, sentimos muita angústia e depressão, uma tristeza infinita pelas injustiças que sofremos, e isso só nos leva a desenvolvermos sérias doenças, na alma e no corpo. Porém, é muito pior, quando nos revoltamos e desejamos nos vingar, perdendo nossa vida, nossa alegria, para planejar atos de vingança, dos quais somente nos arrependeremos, mais cedo ou mais tarde.

Muito mais salutar para nós, é aproveitarmos, toda e qualquer oportunidade de sofrimento, para aprendermos, e buscarmos a nossa evolução, deixando para trás essas quimeras, pois o tempo, esse eterno amigo, se encarrega de minimizá-las, e até mesmo, desvanecê-las completamente, de nossos corações. Você deve estar se perguntando como fazer isso, e eu lhe digo que existem diversas formas, mas vou descrever aqui, a que eu utilizo em meu dia a dia.

Busco perdoar o inimigo, considerando-o infeliz por sua ignorância, e pelo caminho, que ainda precisará trilhar, de muito sofrimento, e isto faz brotar em meu coração, sentimentos novos, como a compaixão e a tolerância. Esses sentimentos são nobres e eles só despertam dentro de nós, quando compreendemos, na pele, a dor da incompreensão.

Quando consegui compreender isso, passei a ver o meu inimigo como um grande mestre, que muito me ajudou e me ensinou! Passei então, a agradecer meus inimigos, pela oportunidade de aprendizado, que eles me criaram com a sua maldade, pois após a superação do sofrimento a mim impingido, pude me tornar uma pessoa melhor. Tenho certeza, de que sem esses sofrimentos, eu estaria sentada em minha preguiça e inércia, sem me preocupar em desenvolver em mim mesma, valores nobres como o amor, o perdão, a compaixão, a tolerância, a paciência, o altruísmo, me tornando uma pessoa cada vez mais bondosa! E a bondade é o caminho seguro para a felicidade que tanto almejo!

Muitos problemas de relacionamento ocorrem, porque as pessoas estão mais centradas em seus próprios interesses, em ganhar mais dinheiro, em vencer, a despeito do sofrimento que possam causar em outros, e quase nunca se pensa no bem-estar dos outros em geral, quase nunca praticam a bondade. Porém, apesar de sermos únicos, somos iguais a qualquer outro ser humano existente na Terra, ou seja, sofremos pelos mesmos motivos e almejamos imensamente a felicidade!

Existem muitos sofrimentos naturais da vida em geral, como por exemplo, a doença, a morte, acidentes imprevisíveis e naturais, como terremotos, maremotos, furacões, tempestades, queda de aviões, acidentes de trem, de carro, acidentes pessoais, mais ou menos graves, a despeito de toda prudência e cuidado tomados, que já são suficientes para nos fazer sofrer, então por que não evitamos provocar mais sofrimentos desnecessários? Sofrimentos que provocamos nos outros por ódio, raiva, inveja, ciúme, vingança, mentiras, fofocas, maledicências, e, por nos deixarmos levar por eles, nos tiram a paz? Quando é muito mais tranquilo viver com bondade, praticando a compaixão, a tolerância, o perdão, o amor! Muito mais prazeiroso, nos propiciando uma felicidade e tranquilidade imensa em nossos corações!

Conforto e estabilidade financeira são necessários para nosso progresso intelectual e nossa tranquilidade, mas eles não trazem paz ao nosso coração! Nossas atitudes e nossos valores internos trazem essa paz tão desejada. A forma como vemos e enfrentamos nossos problemas nos diferencia uns dos outros. Quem vê a vida sob o prisma da bondade é infinitamente mais feliz do que aquele que amarga os dias, desejando o mal dos outros. O egoísmo nos afasta de todos, inclusive daqueles que mais amamos. Já a bondade nos aproxima e, seu exercício constante, por si só, já é, em essência, uma imensa alegria!

Respeitando e compreendo as outras pessoas, principalmente com as mais difíceis para se conviver, estamos praticando a bondade e adquirindo a paciência, que nos trás calma. Experimente! Tente! Pratique! Treine! E quando menos esperar, será natural, você sentirá uma força interior, se sentirá mais autoconfiante, e aí então, você estará em paz e será feliz!

Texto escrito por Rosely Sola Faccioli

sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

Sofrimento Salutar


Não existe um ser humano sequer, que nunca sofreu. Todos, em algum momento de sua vida, compreendem bem o que seja sofrer. Todo mundo já sofreu uma perda, uma decepção, a dor da doença, da mágoa, da culpa, do arrependimento, do desespero, da solidão, da injustiça, da ingratidão, da incompreensão, da traição, enfim, qualquer tipo de sofrimento que nos deixa tristes, todos nós sabemos o que é viver uma situação angustiante.

O que gostaria que vocês refletissem, sobre a própria situação de sofrimento em que viveram, é com relação aos outros, não em si próprios, estranho, não? Eu explico, é muito fácil nos lembrarmos de nossas dores, que quase instantaneamente nos vêm à nossa lembrança, em toda e qualquer situação em que nos sentimos impotentes, mas eu pergunto para vocês, a impotência era total? Não havia mesmo nada de útil e positivo, que vocês poderiam fazer, acredito, que alguns de vocês, até o fizeram, mas não deram o valor real no momento.

Não existe dor isolada, se todos nós sofremos, é impossível estarmos sofrendo sozinhos, mas para isso é preciso que nós tiremos o olhar de nossos umbigos e o levantemos para o próximo e, sem dúvida, vamos nos deparar com inúmeros sofredores, aos quais podemos ajudar, e muito!

Eu já comentei que o sofrimento e a dor não são punições, necessariamente, são, de forma muito mais salutar, aprendizados, os mais diversos possíveis. Neles, aprendemos o valor de uma amizade, de um amor, da saúde, da paz, da consciência tranquila, da compreensão, enfim, são infinitos os aprendizados, para valorizarmos o que desvalorizamos no passado, sentimos na própria pele, o que fizemos alguém sofrer. Esse aprendizado dependerá do estágio de evolução de cada um, mas eu gostaria de ressaltar o altruísmo, que em sua definição, é esquecer-se de si mesmo, para pensar no outro. E é dessa forma, que aproveitamos de maneira salutar, uma situação desconfortável de sofrimento, pois além de estarmos aprendendo uma lição moral, também podemos minimizar as nossas dores, ajudando aos outros. Vocês não imaginam o prazer interior que obtemos, quando tornamos mais leves os sofrimentos alheios!

Em qualquer situação de sofrimento, encontramos oportunidades preciosas ao nosso lado, para aproveitar! Num hospital, por exemplo, todos estão lá por motivos de saúde precária, não há dor isolada, no quarto ao lado do seu, há outro ser humano, também doente como você, talvez em situação mais grave, uma palavra amorosa, trás esperança para uma alma em desespero, e isto é caridade, é altruísmo!

Você pode escolher em se fechar na sua dor, se sentindo o último dos últimos, que a sua dor é a pior, e esta postura, na verdade, só agrava seus sofrimentos. Ou pode escolher olhar para o lado, sem sentir pena de si mesmo, e perceber que há outras dores, além da sua, e que você pode ser o instrumento salutar para aliviar esse sofrimento, sentindo alívio em seu coração, e, porque não dizer, até alegria! Quando aliviamos uma dor alheia, recebemos as vibrações de amor da própria pessoa a quem ajudamos, através de sua gratidão, e quando essa pessoa está endurecida demais para perceber e compreender o que recebeu, recebemos as vibrações de amor de nossos amigos espirituais, dos amigos espirituais da pessoa, e de Deus!!! Que delícia, pois é aí que minimizamos o nosso sofrimento e o transformamos num precioso aprendizado, assim como também, amenizamos nosso resgate de antigas faltas. Esse é o sofrimento salutar...

Não escapamos das dores que tenhamos que suportar, mas podemos transformá-las em degraus de evolução, acelerando nosso processo de evolução, e também obtermos como companhia muitos irmãos agradecidos por nosso amor incondicional. Podemos escolher em simplesmente sofrer, ou transformarmos nosso sofrimento em aprendizado salutar, como eu sempre digo a escolha é sempre nossa, mas as consequências de nossas escolhas, também são nossas...

Texto escrito por Rosely Sola Faccioli


quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

O Servo Feliz


Certo dia, chegaram ao Céu um Marechal, um Filósofo, um Político e um Lavrador. Um Emissário Divino recebeu-os, em elevada esfera, a fim de ouvi-los. O Marechal aproximou-se, reverente, e falou: 

— Mensageiro do Comando Supremo, venho da Terra distante. Conquistei muitas medalhas de mérito, venci numerosos inimigos, recebi várias homenagens em monumentos que me honram o nome. 

— Que deseja em troca de seus grandes serviços? — indagou o Enviado.

— Quero entrar no Céu. O Anjo respondeu sem vacilar: 

— Por enquanto, não pode receber a dádiva. Soldados e adversários, mulheres e crianças chamam-no insistentemente da Terra. Verifique o que alegam de sua passagem pelo mundo e volte mais tarde. O Filósofo acercou-se do preposto divino e disse:

— Anjo do Criador Eterno, venho do acanhado círculo dos homens. Dei às criaturas muita matéria de pensamento. Fui laureado por academias diversas. Meu retrato figura na galeria dos dicionários terrestres. 

— Que pretende pelo que fez? — perguntou o Emissário. 

— Quero entrar no Céu. 

— Por agora, porém, respondeu o mensageiro sem titubear, não lhe cabe a concessão. Muitas mentes estão trabalhando com as idéias que você deixou no mundo e reclamam-lhe a presença, de modo a saberem separar-lhe os caprichos pessoais da inspiração sublime. Regresse ao velho posto, solucione seus problemas e torne oportunamente. O Político tomou a palavra e acentuou: 

— Ministro do Todo-Poderoso, fui administrador dos interesses públicos. Assinei várias leis que influenciaram meu tempo. Meu nome figura em muitos documentos oficiais. 

— Que pede em compensação? — perguntou o Missionário do Alto. 

— Quero entrar no Céu. O Enviado, no entanto, respondeu, firme: 

— Por enquanto, não pode ser atendido. O povo mantém opiniões divergentes a seu respeito. Inúmeras pessoas pronunciam-lhe o nome com amargura e esses clamores chegam até aqui. Retorne ao seu gabinete, atenda às questões que lhe interessam a paz Íntima e volte depois. Aproximou-se, então, o Lavrador e falou, humilde: 

— Mensageiro de Nosso Pai, fui cultivador da terra... plantei o milho, o arroz, a batata e o feijão. Ninguém me conhece, mas eu tive a glória de conhecer as bênçãos de Deus e recebê-las, nos raios do Sol, na chuva benfeitora, no chão abençoado, nas sementes, nas flores, nos frutos, no amor e na ternura de meus filhinhos... O Anjo sorriu e disse: 

— Que prêmio deseja? O Lavrador pediu, chorando de emoção: 

— Se Nosso Pai permitir, desejaria voltar ao campo e continuar trabalhando. Tenho saudades da contemplação dos milagres de cada dia... A luz surgindo no firmamento em horas certas, a flor desabrochando por si mesma, o pão a multiplicar-se!... Se puder, plantarei o solo novamente para ver a grandeza divina a revelar-se no grão, transformado em dadivosa espiga... Não aspiro a outra felicidade senão a de prosseguir aprendendo, semeando, 
louvando e servindo!... O Mensageiro Espiritual abraçou-o e exclamou, chorando igualmente, de júbilo: 

— Venha comigo! O Senhor deseja vê-lo e ouvi-lo, porque diante do Trono Celestial apenas comparece quem procura trabalhar e servir sem recompensa.

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Qual o Valor?


Um jovem foi até um mestre e começou a questionar o valor dos ensinamentos que ele ministrava. Disse que ele estava errado em muitos aspectos e que não concordava com grande parte dos ensinamentos.

O mestre, sem se perturbar, retirou do dedo um anel. Em seguida entregou ao jovem dizendo: "Por favor, pegue este anel e leve até o mercado. Veja se pode conseguir uma peça de ouro por ele".

O jovem, sem entender o motivo do pedido do mestre, foi até o mercado. Correu barraca por barraca, mercador por mercador e o máximo que conseguiu foi a oferta de uma peça de prata pelo anel. Ele voltou ao mestre e relatou o acontecido.


O mestre então lhe disse: "Agora vá até um joalheiro e mostre o anel. Então, pergunte quanto ele pagaria".


O jovem assim o fez. O joalheiro olhou o anel e se deteve na pedra incrustada no mesmo. Depois de um certo tempo analisando o que estava vendo, ofereceu mil moedas de ouro, só pela pedra. O jovem ficou completamente surpreso e paralisado diante da oferta.Ele voltou até o mestre e relatou o acontecido.


O mestre então lhe disse: "A sua noção de valor em relação aos conhecimentos que transmito aos discípulos é tão grande quanto a noção de valor dos mascates à respeito de joias. Quem se propõe a avaliar joias, deve primeiro tornar-se um joalheiro".                                                                                                                                                                                                                                                                                                                História Sufi 



É preciso sedimentar nossas opiniões, na base sólida do conhecimento, tanto intelectual, de leitura séria, quanto de experiência de vida. Para falarmos a respeito de qualquer assunto precisamos conhecer sobre o assunto.

Muitos repetem palavras bonitas, para impressionar, sem saber ao certo, sobre o que estão falando... Outros julgam e criticam aquilo que não entendem... Em ambos os casos, correm o risco de se verem envolvidos em maus lençóis... porque para falar ou criticar sobre qualquer assunto, é preciso compreender primeiro, analisar o tema em questão, sob diversos ângulos, para só depois poder ter um opinião a respeito e então, poder circular a mensagem, quando de acordo, ou refutar seu conteúdo, quando não consoante com seus valores...

terça-feira, 5 de fevereiro de 2013

Educando Nossos Filhos Com Base Na Filosofia de Sócrates


A Mitologia Grega retratou as nossa paixões, vícios, desregramentos, tragédias e o grande potencial para crescermos, material e espiritualmente. Grandes verdades antigas, que se encontram ainda presentes em nossas vidas.

Sócrates disse que não aprendemos, apenas recordamos a nossa sabedoria. Segundo ele, o conhecimento é latente na mente de todo ser humano, podendo ser encontrado pelas respostas a perguntas propostas de forma perspicaz.

Sua célebre frase: "conhece-te a ti mesmo",  põe-nos na procura das verdades universais, que são o caminho para a prática do bem e da virtude, levando-nos à necessidade da auto-reflexão e na busca do auto-conhecimento.

Sócrates nasceu por volta de 470 ou 469 a.C., na cidade de Atenas, portanto, quatro séculos antes de Cristo. Enfrentou o relativismo moral no qual se degenerou a democracia grega, com um método simples: é preciso conhecer o assunto, para se poder falar. Ele destruía pseudo verdades com questionamentos irônicos, derrubando preconceitos. Ela desmascarava discursos ilusórios, que pretendiam se apropriar da verdade absoluta. Dessa forma ele obrigava a pessoa a refletir sobre si mesma, frente as palavras vazias, que repetia, sem compreender. Ele não pretendia ridicularizar a pessoa, mas sim fazê-la refletir sobre o que estava falando mecanicamente, trazendo luz ao conhecimento, bem como devolver a pergunta àquele que a formulou, com a intenção de mostrar, que o mesmo tinha dentro de si, o conhecimento necessário para responder à própria questão. Ele provocava o raciocínio!

Quanta sabedoria! O método de Sócrates pode ser utilizado para educarmos nossos filhos, de forma muito mais complexa, porém muito mais eficiente! Podemos devolver às crianças suas próprias perguntas, e nos surpreendermos com a infantil sabedoria delas, não só desenvolveremos a auto confiança nelas, como aprenderemos muito, ouvindo a opinião e a clareza límpida de como elas vêem o mundo e as situações a sua volta! Dessa forma tornamos nossos filhos mais seguros de si e com um incrível raciocínio lógico, pois os estaremos ensinando a pensar! Não é fácil, mas vale a pena experimentar!

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Sonhos Ousados


Ter idéias, metas, planos, sonhos é muito bom, se esforçar para atingi-los é melhor ainda, pois o trabalho dignifica o ser humano! Porém, quando passamos por cima dos valores éticos, e enganamos outras pessoas para atingirmos esses mesmos objetivos, evitando o esforço sadio para tal, passamos a agir de modo equivocado, movidos pela ambição, e provavelmente não iremos nos sentir realizados ou felizes com o resultado.

Não podemos ter uma vida sem metas alicerçadas no amor, na justiça, no respeito, na honestidade e na fidelidade, e esperarmos resultados positivos. Poderemos obter um cargo desejado, uma fortuna grandiosa, e até termos a pessoa, que acreditamos amar, sob nosso domínio, mas sentiremos a amargura da solidão no alto poder, a alegria efêmera do conforto, sem a felicidade no coração, tão almejada, e a carência de amor verdadeiro, já que quem ama, jamais cerceia o ser amado com exigências egoístas, nem aceita um casamento por interesse, quem assim o faz não sabe amar e jamais se sentirá amado.

A vida é feita de escolhas, e toda escolha envolve um ganho e uma perda. Precisamos aprender a fazer escolhas adequadas, condizentes com nossos valores morais, pesando criteriosamente, o que queremos ganhar e o que estamos dispostos a perder. Somos seres humanos falíveis, o erro faz parte de nosso aprendizado, portanto precisamos sempre pesar nossas escolhas de forma a avaliar se elas estão condizentes com as verdades divinas, ou seja, o que desejamos vai prejudicar alguém? É justo? É honesto? Dessa forma minimizaremos as possibilidades de cairmos num erro, pois como disse, toda escolha tem consequências. O objetivo é buscarmos errar cada vez menos, para que possamos encontrar a paz espiritual, tão desejada por todos nós.

Já sabemos que toda ação tem uma reação, que quem semeia, colhe, portanto já sabemos que todo e qualquer sofrimento, que venha a recair sobre nós, de uma forma ou de outra, é de nossa inteira responsabilidade. Ou fizemos escolhas erradas nessa vida, ou em outra anterior, pois Deus na Sua imensa justiça e bondade, jamais permitiria um sofrimento não merecido, que não trouxesse um aprendizado necessário para nossa evolução espiritual, assim como nós, pais humanos, deixamos que nossos filhos sintam a responsabilidade de seus atos inadequados, não é mesmo?

Com isso não quero dizer, que devamos nos acomodar no sofrimento, pelo contrário, devemos sim, fazermos tudo para sairmos de qualquer situação incômoda, por esforços próprios, pedindo ajuda de nossos amigos espirituais através da prece sincera, aceitando a ajuda amiga daqueles que nos queiram bem, apenas tomando cuidado em como fazermos nossas escolhas, que deverão ser sempre baseadas no amor, como já citei acima. Precisamos arregaçar as mangas, fazer diferente ao levantarmos após qualquer queda, registrarmos a lição aprendida e, acima de tudo, não reclamarmos, pois nos tornamos pessoas desagradáveis para se conviver, que só nos distanciará das pessoas.

Enfim, podemos e devemos ser ousados em nossos sonhos, mas sempre preocupados com as consequências das escolhas que fizermos, nos questionando se elas prejudicam alguém, conscientes de que, em uma má escolha, nós mesmos seremos os mais prejudicados...

Texto escrito por Rosely Sola Faccioli