A Inveja

Dois burros (nada a ver com adjetivos pejorativos) carregavam pesos iguais em diferentes volumes; um levava sal e o outro, algodão. Rumo à feira da cidade, eles eram conduzidos por um mercador.

O burro que levava o algodão, não aceitava o fato de sua carga ser muito maior que a do seu irmão. Sentia-se injustiçado, mal amado por seu dono. Mais pensava nisso, mais crescia a raiva e assim, nunca pensava em si mesmo, queria ser o irmão!

O burro que levava peso idêntico, mas em sal, percebeu que o produto derretia quando em contato ao suor. Seu lombo já ardia e logo o sal estaria escorrendo-lhe corpo abaixo.

Quando passaram perto de um rio, enquanto seu dono se lavava, buscou água empoçada na margem e cuidadosamente banhou-se, livrando-se do ardor e de todo sal contido no fardo.

O burro que carregava algodão, ao ver o irmão sorrindo aliviado, imitou-o achando lograr o mesmo feito. Mergulhou na correnteza e o algodão encharcado levou-o a ao fundo do rio.

A inveja é assim, perdemos muito tempo em desejar ser o outro, sem buscar o como podemos ajudar o outro. Nem tudo é o que parece ser... muitas vezes invejamos alguém, sem ao menos perceber que somos mais felizes do que ele, e a inveja só faz mal para a gente mesmo... Quantas pessoas ficam doentes, só por imaginar como seriam mais felizes se... sem perceber que são muito felizes, mais até do que quem invejam... Pensem nisto, e valorizem a própria vida, verão que a felicidade está mais perto do que imaginam!