segunda-feira, 22 de outubro de 2007

RENOVAR ATITUDES – VIVER COM NATURALIDADE


Viver “feliz segundo as necessidades da humanidade” é viver com naturalidade, ou seja, participar efetivamente na sociedade usando o nosso jeito natural de ser.

Todos nós fomos abençoados com determinadas vocações e, o mundo em que vivemos, precisa de nossa cooperação individual, para que possamos ao mesmo tempo desenvolver nossas faculdades inatas na prática social e aumentar nossa parcela de contribuição, junto à comunidade em que vivemos, no aperfeiçoamento da humanidade.

Possuímos talentos que precisam ser exercitados para que possam florescer, mas poucos de nós damos o real valor a esta tarefa. Esses mesmos talentos estão esperando nosso empenho de “se dar força” , a fim de colocá-los em plena ação no intercâmbio das relações com as coisas e com os outros.

Não podemos então olvidar que viver no mundo é entrar “em contato com pessoas de natureza diferente, de caracteres opostos”, reconhecendo que cada um dá o que tem, vive do jeito que pode, percebe da maneira que vê, admitindo que, por se tratar de tendências, talentos e vocações, todos nós temos nossa peculiar necessidade de “ ser como somos” e “estar onde quisermos” na vida social e profissional.

Pelo fato de a natureza ser uma verdadeira “vitrine” de bio-diversidade ou multiplicidade de seres é que cada indivíduo tem suas próprias ferramentas úteis para laborar na lida social.

Todas as árvores são árvores, mas o pessegueiro não tem as mesmas peculiaridades do limoeiro, nem o abacateiro as da mangueira; portanto, cada pessoa também se exprime me níveis diversos segundo as múltiplas formas com que a sabedoria divina nos deu durante a criação universal.

Assim sendo, todos nós somos convocados a “agir no social” não com um aspecto severo e lúgubre, repelindo os prazeres que as condições humanas permitem, mas sim felizes, fazendo uso de nossos potenciais e faculdades prazerosamente.

Relembrando Cristo, ele integrava-se intensamente no social, participando de festas , de relacionamentos fraternos, amando intensamente os amigos. Sem preconceito algum fazia visitas e tomava refeições em companhia de variadas criaturas, percorrendo cidades, campos e estradas sempre acompanhado pelos amigos queridos e pelas multidões que o cercavam.

Portanto devemos viver no mundo com a consciência de que somos espíritos eternos em crescimento e progresso, e de que o nosso “ânimo de viver” em sociedade depende de colocarmos em prática as nossas verdadeiras capacidades e vocações da alma; lembremo-nos , contudo, de que a palavra “ânimo” quer dizer “alma”, do latim “animus”, e de que devemos cada um de nós “viver com alma” no círculo do mundo onde fomos colocados para sermos felizes.