sábado, 15 de setembro de 2007

Falando sobre amor...


Precisamos aprender a amar. Gostar é pouco e enjoa. Feliz daquele que sabe amar a todos, indistintamente. Todo ser humano carrega dentro de si, uma fera e uma criança, precisamos aprender a domar a fera e amamentar a criança. Só assim aprenderemos a amar, amando a todos, sem enjoar.

O amor gera respeito, resignação, sonho e ilusão e feliz o homem que sabe usufruir, pois o outro é muito importante em nossa vida, devendo ser amado. Se soubermos amar, nunca sentiremos solidão. Amar é simples.

Muitas vezes não conseguimos amar, porque queremos ser amados primeiro, mas a verdade é que receberemos mais amor, quanto mais nos doarmos. Ninguém é tão pobre, que não possa doar coisas imateriais, todos têm muito para dar, mas normalmente querem apenas receber... A caridade não tem preço. Quem faz a caridade não deve esperar agradecimento, não deve cobrar e nem negociar! A caridade vem da alma, portanto, é gratuita! O mesmo acontece com o amor!

Impomos sempre condições para amar, mas o verdadeiro amor é incondicional, é um dar sem esperar, constantemente, como o amor materno, a mãe ama seu filho e se doa, sabendo que o bebê nada tem para dar, pela sua própria constituição física, é este amor que precisamos levar para toda vida e para todos. Recebemos em dobro, o que fizermos aos outros, tanto coisas boas como más, todos sabemos disto, pois é uma lei universal, é a lei de ação e reação a que todos estamos sujeitos.

Costumamos amar só os que nos fazem bem e não tem defeitos... pensando assim, não conseguiremos amar ninguém! Porque todos têm defeitos, inclusive nós... seguindo neste raciocínio, não seremos amados também... É preciso vomitar a arrogância e reconhecer os erros. Transformar-se, com ou sem religião. De seu tempo, de seus ouvidos, de sua compreensão, de seu amor!

O questionamento é natural no ser humano, porém temos perguntas que não serão respondidas neste plano, neste mundo. Como já dizia o sábio William Shakespeare, há mais coisas entre o céu e a terra do que supõe nossa vão filosofia. Sabemos que há, mas não temos acesso a todas as informações, nem por isso eles deixam de existir. A ciência tem evoluído muito neste sentido, e muitas coisas que se achavam impossíveis no passado, são corriqueiras atualmente, nem ao menos, conseguimos viver sem elas, como o computador ou o celular, por exemplo. Portanto, mesmo que não saibamos, há muito para ser descoberto, e saberemos no momento certo.

Jesus disse: “Não julgueis para não ser julgado”. É arrogância dizer que o outro errou. Percebemos os erros dos outros, sem perceber o nosso, por orgulho e o orgulho é o caminho do erro.

Muitas vezes julgamos sem ter todos os fatos. Melhor pensar, se eu estivesse no lugar dessa pessoa o que eu faria? Mesmo assim, não teríamos a certeza do que faríamos, um bom exemplo é um assalto: todos dizem que fariam isto ou aquilo, julgam que a pessoa foi louca ou calma demais, mas todos que passaram por um assalto, se surpreendem com a própria atitude, porque na verdade, não sabemos o que faríamos, sem ter vivido a situação, portanto porque julgar o outro? Com que direito? Já que talvez fizéssemos igual, ou até pior. Não temos como saber a batalha íntima que se trava dentro de um ser, num momento de conflito. Dizer que alguém errou ou que tem este ou aquele defeito é fácil, porém não estamos olhando com amor, pois quando temos amor, apoiamos e compreendemos, e não julgamos.

Em cada noite as estrelas estão diferentes e temos em cada dia uma nova oportunidade. Quando não conseguimos perceber o quanto acordamos diferente em cada novo dia, ainda não nos conhecemos bem o suficiente, e consequentemente também nós não temos como conhecer o outro. Perceber-se é o primeiro passo para se perceber o outro.

Precisamos aceitar o outro como ele é. É imprescindível aprender a trocar, aceitar a vida e amar. Este é o caminho para a felicidade, vamos tentar?

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