sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Nó Afetivo


Desconheço o autor desta estória, e desconheço também, se ela é ou não verdadeira... mas poderia ser! De qualquer forma, ela encerra um aprendizado e uma lição de amor, fundamental para todos, principalmente para os pais muito ocupados, como a maioria de nós!

Espero que gostem, e que ela seja útil para muitas pessoas, como o foi para mim, pois nós, que trabalhamos fora, sentimos muita culpa pela ausência causada nos filhos, e pensamos que não tem saída - ou damos amor e presença física, ou conforto material, mas há outra possibilidades, e esta estória, nos mostra uma possibilidade!

Em uma reunião de pais, numa escola da periferia, a diretora ressaltava o apoio que os pais devem dar aos filhos; pedia-lhes também que se fizessem presentes o máximo de tempo possível...

Ela entendia que, embora a maioria dos pais e mães daquela comunidade trabalhasse fora, eles deveriam achar um tempinho para se dedicar e entender as crianças.

Porém, a diretora ficou muito surpresa, quando um pai se levantou e explicou,com seu jeito humilde, que ele não tinha tempo de falar com o filho, nem de vê-lo, durante a semana, porque, quando ele saía para trabalhar, era muito cedo, e o filho ainda estava dormindo... Quando voltava do serviço, já era muito tarde, e o garoto não estava mais acordado.

Explicou, ainda, que tinha de trabalhar assim para prover o sustento da família,mas também contou que isso o deixava angustiado por não ter tempo para o filho e que tentava se redimir, indo beijá-lo todas as noites quando chegava em casa. E, para que o filho soubesse da sua presença, ele dava um nó na ponta do lençol que o cobria. Isso acontecia religiosamente todas as noites quando ia beijá-lo. Quando o filho acordava e via o nó, sabia, através dele, que o pai tinha estado ali e o havia beijado. O nó era o meio de comunicação entre eles.

A diretora emocionou-se com aquela singela história e ficou surpresa quando constatou que o filho desse pai era um dos melhores alunos da escola. O fato nos faz refletir sobre as muitas maneiras de as pessoas se fazerem presentes, de se comunicarem com os outros.

Aquele pai encontrou a sua, que era simples, mas eficiente. E o mais importante é que o filho percebia, através do nó afetivo, o que o pai estava lhe dizendo.

Por vezes, nos importamos tanto com a forma de dizer as coisas e esquecemos o principal, que é a comunicação através do sentimento; simples gestos como um beijo e um nó na ponta do lençol, valiam, para aquele filho, muito mais do que presentes ou desculpas vazias.

É válido que nos preocupemos com as pessoas, mas é importante que elas saibam e que elas sintam isso. Para que haja a comunicação é preciso que as pessoas "ouçam" a linguagem do nosso coração, pois, em matéria de afeto,os sentimentos sempre falam mais alto que as palavras.

É por essa razão que um beijo revestido do mais puro afeto, cura a dor de cabeça, o arranhão no joelho, o medo do escuro. As pessoas podem não entender o significado de muitas palavras, mas sabem registrar um gesto de amor.

Mesmo que esse gesto seja apenas um nó... Um nó cheio de afeto e carinho.

E VOCÊ... JÁ DEU ALGUM NÓ AFETIVO HOJE?

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